Ciência e Tecnologia

Pesquisadores brasileiros vão monitorar a resposta do Atlântico às mudanças climáticas. Equipamentos recém-ancorados no meio do oceano – e a quase quatro quilômetros (km) de profundidade – detectarão variações de salinidade, temperatura e velocidade das correntes marítimas. O objetivo é averiguar possíveis alterações na circulação oceânica, algo que pode ter consequências para o sistema climático do planeta. No caso do Brasil, além de aumento do nível do mar, os padrões de precipitação no litoral seriam afetados, impactando a produção agrícola e a vida nas cidades. 

Herbívoros, onívoros, carnívoros, insetívoros, frugívoros, carniceiros e decompositores. Os ecossistemas da Terra funcionam em uma formidável teia de interações entre plantas, animais, insetos, fungos e microrganismos. Uma parte fundamental dessas interações reside no equilíbrio da cadeia alimentar entre predadores e herbívoros, que regula a produção vegetal do planeta. Esse equilíbrio entre predadores e presas que se alimentam de plantas pode ser alterado em decorrência das futuras mudanças climáticas. A conclusão é de uma pesquisa apoiada pela FAPESP e publicada na revista Nature Climate Change. 

Uma pesquisa realizada no Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar (Lacap) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem por objetivo avaliar a saúde das artérias de indivíduos diagnosticados com diabetes tipo 2, que tenham entre 40 e 60 anos de idade. O estudo é conduzido pela doutoranda Clara Monteiro, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade, sob orientação de Renata Gonçalves Medes, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Instituição. 

O estudo das migrações humanas tem se transformado e se expandido enormemente nos últimos 30 anos. Na avaliação de Paul Statham, diretor do Sussex Centre for Migration Research da University of Sussex, no Reino Unido, um dos motivos é o fato de o tema estar no centro das mudanças sociais decorrentes da globalização. Statham falou sobre o assunto no dia 12 de fevereiro, durante a FAPESP Week London, simpósio realizado na Royal Society, no centro da capital londrina. 

A cárie é uma das doenças mais prevalentes no mundo. No Brasil, jovens de 12 anos têm até dois dentes afetados pela doença, em média, uma incidência quase duas vezes maior que o considerado adequado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Esse número sobe para quatro em jovens entre 15 a 19 anos, e 16 em adultos entre 35 a 44 anos. Para avaliar a saúde dental da população, o País utiliza o índice preconizado pela OMS que avalia a prevalência da cárie dentária, o CPO-D.

Uma nova versão do Solar-T, telescópio fotométrico desenvolvido no Brasil, será embarcada na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) para medir as explosões solares. A previsão é que o Sun-THz, como foi nomeado o novo equipamento, seja lançado em 2022 e permaneça fazendo medições de forma constante. O telescópio fotométrico trabalha numa frequência de 0.2 a 15 terahertz (THz), que só pode ser medida do espaço. Paralelamente, um outro telescópio, o HATs, será instalado na Argentina.

Cientistas do Brasil começam a compreender certos mecanismos que podem levar à maior eficiência na clonagem de bovinos – passo importante para aumentar a produtividade da pecuária. Os pesquisadores encontraram fatores que determinam se o embrião clonado tem potencial ou não de se desenvolver e indicam se a gestação será bem-sucedida. Atualmente, a taxa de produção de embriões a partir da clonagem varia entre 35% e 40%, considerada satisfatória e próxima da taxa de sucesso de embriões gerados in vitro. No entanto, apenas uma pequena fração das gestações de embriões clonados resulta no nascimento de bezerros. Um aumento nessa taxa seria uma saída para gerar animais mais produtivos.

Uma parte vital de um dos maiores experimentos da física de partículas atual foi desenvolvida no Brasil. O Arapuca é um detector de luz a ser instalado no Deep Underground Neutrino Experiment (Dune) – projeto que busca descobrir novas propriedades dos neutrinos, partícula elementar com muito pouca massa e que viaja a uma velocidade muito próxima à da luz. O X-Arapuca é uma evolução do detector de luz criado pelos professores Ettore Segreto, do Instituto de Física Gleb Wataghin, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e Ana Amélia Bergamini Machado, pesquisadora colaboradora do mesmo instituto.

O Instituto Sul-Americano para Pesquisa Fundamental (ICTP-SAIFR) receberá o professor Juan Maldacena (Princeton University, EUA) para a palestra “Black Holes and the Structure of Spacetime” no dia 12 de fevereiro de 2019, em São Paulo. Maldacena recebeu diversos prêmios em sua carreira, incluindo o prêmio Diamond Konex em 2013 para o cientista argentino mais importante da última década. Na apresentação, o professor discutirá como buracos negros são uma ferramenta central para descobrir novas perspectivas sobre a natureza do espaço-tempo em uma teoria quântica. 

O estímulo a atividades físicas, sociais e de lazer em idosos e pacientes com doença de Alzheimer pode ajudar a preservar funções cognitivas e retardar manifestações clínicas de demência, como a perda da memória. É o que indicam estudos recentes. Isso porque esses estímulos podem contribuir para construção de reservas estruturais e funcionais do cérebro, protegendo o órgão de lesões que causam prejuízos cognitivos. 

aedes aegyptiUm grupo internacional de pesquisadores, entre eles brasileiros de diversas instituições, identificou novas evidências de que uma infecção prévia pelo vírus da dengue pode gerar imunidade contra o vírus causador da Zika. A conclusão foi apresentada em um estudo publicado na quinta-feira na revista Science. De acordo com o trabalho, o organismo de quem já teve dengue produziria anticorpos capazes de impedir que o vírus Zika penetre nas células e desencadeie uma infecção.