Abra é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), com orientação da professora Katia de Barros Ferraz, do Departamento de Ciências Florestais da Esalq-USP.
Abra concorre por sua atuação como voluntária em um projeto de conservação de antas e tamanduás-bandeira no Mato Grosso do Sul. Os atropelamentos dessas espécies são muito graves e o trabalho da bióloga foca na diminuição dessas ocorrências nos biomas do Cerrado e do Pantanal.
Na inscrição ao prêmio onde conta a sua atuação, a bióloga cita também o projeto financiado pela FAPESP, no âmbito do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da empresa ViaFauna, da qual ela é sócia. O projeto desenvolve um sistema eletrônico com sensores que informam a presença de animais na pista, por meio de mensagens em painéis, aos motoristas que trafegam em uma rodovia.
Chamado de Passa-Bicho, o sistema está sendo testado em rodovias que cortam o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. “Mencionei o projeto PIPE na minha inscrição ao prêmio como uma atividade de pesquisa e inovação. Acredito que esse seja meu diferencial entre os concorrentes”, disse Abra.
Entre os critérios da fundação holandesa está a exigência para o candidato em trabalhar com espécies ameaçadas. Os oito pesquisadores foram escolhidos dentro de um total de 120 participantes, todos com menos de 35 anos. A brasileira manteve-se na disputa junto com representantes do Nepal, Holanda, Índia, Ruanda, Grã-Bretanha, Filipinas e Nigéria.
Agência FAPESP