o doutorado em Química pela Unicamp (1993), o pós-doutorado pela Technische Universitaet Braunschweig, Alemanha (1996) e obteve a livre docência pela Unicamp (2003).
Tinha experiência na área de Ecologia, com ênfase em ecologia química e ecologia de interações planta-insetos. Desenvolveu pesquisa na área de produtos naturais com ênfase a alcaloides pirrolizidínicos.
Segundo a Unicamp, Trigo publicou 76 artigos em periódicos científicos e orientou mais de 30 pesquisas de pós-graduação. No momento, orientava quatro teses de mestrado, uma de doutorado e cinco trabalhos de iniciação científica. O Instituto de Biologia enviou comunicado de pesar à comunidade universitária pela perda do docente.
“O professor Trigo não era alguém que fugisse dos desafios, então, em 1988, começou um doutorado em Química, algo nada fácil para um biólogo. Durante o doutorado, e continuando no pós-doutorado na Technische Universität Braunschweig, estudou borboletas que sequestram alcaloides pirrolizidínicos sob uma perspectiva ecológico-evolutiva. Esses trabalhos se tornaram importantíssimos e essa linha de pesquisa, que logo foi ampliada para outros grupos de insetos, fizeram dele uma das referências em Ecologia Química do Brasil e do mundo”, disse Martín Pareja, professor no Departamento de Biologia Animal do Instituto de Biologia da Unicamp.
“A partir do ano 2000, Trigo começou a estudar a ecologia química de sistemas inseto-planta, uma linha de pesquisa que cresceu bastante em seu laboratório nos últimos 15 anos, sendo tema de dezenas de teses e dissertações”, disse Pareja em comunicado.
“Com a morte dele, perdemos um dos colegas mais dedicados que se possa imaginar. O Programa de Pós-Graduação em Ecologia [da Unicamp] sentirá muito a sua falta e devemos valorizar a importante contribuição que ele vinha fazendo no programa desde sua contratação”, disse.
Entre os projetos de pesquisa conduzidos por Trigo com apoio da FAPESP estão os auxílios “Defesas químicas em plantas e insetos neotropicais” e "Alcalóides tropânicos de Brugmansia suaveolens (Solanaceae)".
Leia mais sobre o trabalho de Trigo em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/08/06/guardias-ao-avesso.
Agência FAPESP