Submit to FacebookSubmit to Google PlusSubmit to TwitterSubmit to LinkedIn
IBE FGV logoA Administração inovadora parece ser um tema difícil para definir, assim como outros assuntos, tanto do ponto de vista científico quanto do corrente. Há muitas definições aplicáveis na prática. O conceito é intuitivo, é conhecido, está implícito, ou pelo menos assim se pensa, mas é difícil de ser colocado e expressado em poucas palavras.
Administração inovadora parece estar no rol das palavras difíceis de definir de uma só vez, como amor, saudade, cultura, educação, qualidade, sentimento, tecnologia, paz, justiça, talento e outras tantas. Aqui se perdem os dicionários...

Afinal, como definir administração inovadora?

Um matemático, seguindo a lógica da teoria do limite, poderia concluir que a administração inovadora representa uma diferença. Uma diferenciação, portanto. O problema é que, na teoria do limite, a variável passa por variação em que o limite tende a zero ou infinito. Então, nesse caso, como fica o conceito de diferença?

Qual o limite que uma diferenciação deve ter para que o resultado represente uma administração inovadora? A questão é pertinente, pois os efeitos da aplicação dessa mudança, que representa uma inovação, poderão ser muito diferentes na realidade do mercado, que depende significativamente da percepção e dos requisitos dos clientes e consumidores. Que limites diferenciam revitalização, renovação, variação, inovação?

Inovar requer ousadia e coragem, mas acima de tudo sabedoria. É preciso valorizar as experiências adquiridas no passado, perceber todas as nuances da realidade que o presente nos coloca e, finalmente, estar atento a mudanças e oportunidades que o futuro nos reserva.

A parte seguinte do problema parece ser tão ou mais difícil que a primeira: como efetuar a administração da inovação?

As empresas consideram a gestão da inovação como o processo de descobrir, criar e implementar ou comercializar novas ideias, produtos, processos e serviços. As empresas mais bem sucedidas consideram a inovação uma competência essencial para sua competitividade e crescimento.

A gestão da inovação sustentável objetiva vencer a concorrência, remunerando o investidor, envolvendo aspectos estratégicos e táticos relacionados com a gestão do capital intelectual, a concepção do modelo de negócio e a incorporação de aprimoramentos tecnológicos que permitam diferenciar produtos e serviços.

 Qual o perfil de empresa ou organização adequado para isso? E o que dizer de seus funcionários e gestores? Quais deverão ser seus conhecimentos e como deverá ser sua formação?

Sucesso empresarial passou a depender das pessoas com competência em entender os habilitadores tecnológicos que moldarão o mercado (produtos e estilo de vida).

A tecnologia tornou-se um fator de produção quase independente, capaz de determinar a competitividade em qualquer setor econômico. A tecnologia mais impactante do início do inicio do século XXI é, sem dúvida, a tecnologia de Informação e comunicação.

O desenvolvimento dos países passa necessariamente pela inovação tecnológica, a qual deveria ser compreendida como um fator estratégico para as empresas e para os países. É esse o enfoque dado por este artigo, que trata, entre outros tópicos, da evolução do conceito de inovação tecnológica, da importância da inovação para o crescimento dos países e de sua relação com outros aspectos organizacionais e com o ambiente de negócios.

É nesse contexto que as organizações precisam tornar sua cultura mais propícia à administração inovadora (criar, identificar e adotar). A inovação tecnológica é um processo que pode e deve ser gerenciado, em nível estratégico e nos seus desdobramentos em outros processos das organizações, como o desenvolvimento de novos produtos, tanto bens (tangíveis) como serviços (intangíveis).

 

Robson Paniago é doutor em Ciências Empresariais pela Universidad Del Museo Social Argentino, mestre em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, especialista em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – SP e Graduado em Administração pela Universidade São Marcos – SP. Atualmente é professor da IBE-FGV.