O professor Marcos Ximenes é o responsável por orientar os alunos nos atendimentos. Ele explica que o foco é receber crianças ainda com dentes de leite. “Nós atendemos crianças até 12 anos de idade na Clínica de Odontopediatria e Ortodontia no que for necessário para os pacientes dessa idade”. Além de toda atenção necessária para as crianças, são transmitidas orientações de higiene bucal, hábitos alimentares, hábitos relacionados à questão da chupeta e mamadeira. “Também fazemos tratamentos, restaurações, tratamentos de canal e cirurgias que são necessárias para fazer em criança”.
Para Vanessa Pedro, mãe do paciente Gabriel Pedro de 9 anos, o atendimento é ótimo e a ligação da Clínica com a comunidade traz benefícios a ambos. “Eu gosto bastante do atendimento. Passam bastante segurança, no começo inclusive eu entrava com ele e agora ele vai sozinho”, agradece.
Os futuros dentistas utilizam algumas técnicas lúdicas para incentivar as crianças. Por exemplo, entregam medalhas de ouro, prata ou bronze aos pacientes que se comportaram bem. “Eu acho que o dentista é bom e elas são bem legais comigo. Elas ficam brincando. Também se preocupam quando estão arrumando meu dente, perguntam se estou bem ou se está me machucando. Ganhei a medalha de prata, já ganhei e a de ouro e vou ganhar a de bronze”, afirma Gabriel Pedro. E a mãe Vanessa completa dizendo ao filho como é o funcionamento da vida universitária. “Eu explico que são estudantes, que para ter uma profissão precisa de bastante empenho”, orienta.
Quando começam a nascer os dentes de leite, a criança não tem muita coordenação e nem noção de higienização bocal, cabendo aos pais cuidarem. “Elas precisam ser orientadas sobre os problemas de saúde de bocal. Muitas vezes não é culpa das crianças e sim dos pais que não tem o costume de higienizar os dentes e ensinar as crianças a fazerem isso”, contextualiza Jean Farias, da 8ª fase de Odontologia. O atendimento dos pequenos pacientes vai além de só cuidar dos dentes. “O atendimento da criança não é você deitar ela na cadeira, anestesiar e fazer o procedimento. Envolve toda uma psicologia, então você tem que falar a língua da criança, você tem que fazer ela confiar em você, acreditar em você é bem diferente”, ressalta o aluno.
A Clínica também atende crianças recém nascidas até os dois anos e meio de idade, sempre instruindo os pais sobre a higienização bocal. “Trabalhamos principalmente na educação, na prevenção e na conscientização. É um trabalho familiar, conversando com os pais, porque quanto antes a recomendações de saúde bucal e saúde geral forem seguidas, melhores os resultados, que são nítidos e visíveis”, finaliza professora de Odontologia, Flávia Pilatti.