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Larissa MaranhaoA poucos meses de se formar em economia pela Universidade de Harvard (Cambridge, EUA), a alagoana Larissa Maranhão, 22 anos, ganhou destaque ao presidir a Brazil Conference, entre os dias 7 e 8 deste mês. Realizado desde 2015 por brasileiros que estudam em Harvard e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), o evento promove debates sobre os principais desafios para o Brasil, e reuniu, neste ano, personalidades do mundo jurídico, político e empresarial.
“A primeira lição que ficou dessa experiência é a vontade que esta nova geração tem de mudar o país”, avalia Larissa, envolvida na organização da Brazil Conference desde sua primeira edição. “Muitos alunos querem, a longo prazo, voltar para o Brasil. Eu também quero poder ajudar meu país. Essa vontade é muito inspiradora. A segunda lição é a nossa força de mobilização.”

Persistência – Foi preciso muita determinação para Larissa realizar o sonho de estudar em uma das mais prestigiadas universidades do mundo – desejo que acalenta desde os nove anos, quando ouviu um tio comentar sobre Harvard. Filha de engenheiros agrônomos, ela trocou a festa de 15 anos por um curso de inglês para ganhar fluência no idioma. Apesar de dedicada, não foi aprovada na primeira vez em que se candidatou, pois, por falta de experiência, perdeu um dos prazos. Nem por isso ela desistiu.

Anos depois, viria o próximo passo rumo à conquista de Harvard: deixar o curso de economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ainda no primeiro período. A atitude assustou sua família, mas a estudante provou que estava certa ao focar em seu objetivo. “A UFRJ é muito boa e foi uma conquista, mas eu queria Harvard”, conta.

Outra atitude decisiva foi procurar, em São Paulo, a Fundação Estudar, instituição sem fins lucrativos que seleciona candidatos a bolsas para as melhores universidades do Brasil e do mundo. A recompensa chegou em abril de 2013, quando a alagoana não apenas foi aprovada na Universidade de Harvard, como em outras dez instituições no exterior. Atualmente, ela é a única representante do Nordeste brasileiro entre os estudantes que conseguiram uma vaga em Harvard.

Aperfeiçoamento – Em 2018, quando não estará mais em Harvard, Larissa permanecerá nos Estados Unidos e pretende manter seu vínculo com a Brazil Conference. “Farei todo o processo de transição. Para o ano que vem, pensamos em trazer a transparência como tema”, adianta. O retorno ao Brasil deve ocorrer nos próximos anos. Antes disso, ela investirá em todas as formas de complementar sua formação. Atributos não lhe faltam. Larissa ainda vai longe.

MEC Assessoria de Comunicação Social