O investimento é de R$ 5 milhões, e o projeto tem vigência de 2015 a 2019, de acordo com a coordenadora do projeto pelo lado brasileiro, a pesquisadora Vera da Silva.
Para alcançar sua missão, o projeto oferece suporte à pesquisa, às atividades de educação ambiental e ao ecoturismo com o envolvimento direto das comunidades locais, constituindo-se em um centro para a conservação de ecossistemas locais. Entre as estruturas físicas do Museu na Floresta estão a Casa da Ciência e o Bosque da Ciência, em Manaus; a torre de observação e pesquisa ZF2, no Km 50 da BR-174 (Manaus-Boa Vista); e a base de pesquisa na Reserva do Cuieiras, no município de Novo Airão.
“Nós esperamos que este conceito de Museu na Floresta possa partir de Manaus e não fique somente aqui, mas que se espalhe pelo mundo inteiro”, disse o supervisor de Pesquisa do Departamento de Relações Internacionais da JST, Yoshifumi Yosuoka, durante a terceira 3ª Reunião Anual do Comitê de Coordenação Conjunta (JCC) do projeto, que aconteceu na tarde da última terça-feira (29), no Inpa.
Para o diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França, o Museu na Floresta é um projeto único com um desafio enorme a ser superado. “Ele iniciou numa fase política e economicamente muito difícil para o Inpa e para o Brasil, mas estou otimista com o projeto”, disse França. “Brasil e Japão querem muito que esse projeto dê certo e, do ponto de vista do MCTIC, vocês terão total apoio. E, no que depender do Ministério, teremos a continuidade do projeto”, destacou o secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Elton Santa Fé Zacarias.
Divulgação do conhecimento
A secretária-executiva do projeto Museu na Floresta, Estefani Fujita, explica que o Museu na Floresta é uma rede de estruturas e instituições formada para a divulgação do conhecimento científico. Segundo ela, o Museu não é um local específico. A estrutura do projeto está localizada em vários pontos, como o Bosque da Ciência e a Casa da Ciência do Inpa, que serão usados para divulgar os resultados de pesquisas do projeto.
“Tem também a torre na ZF-2, que é uma torre de observação e de pesquisa, tanto de fauna e de flora, e de estudos climáticos”, explica Fujita adiantando que a torre passa por um processo de recuperação, por meio do projeto Museu na Floresta a fim de se implantar o turismo científico. A reinauguração da torre está prevista para o fim de junho. “Será uma importante área, tanto para a pesquisa, quanto para o turismo e moradores locais”, diz.
Fujita também explica que outro ponto que servirá de estrutura para o Museu na Floresta é a base de pesquisa do rio Cuieiras, localizada na Reserva Ecológica do Cuieiras, onde será instalada uma Base de Pesquisa e de Turismo Científico que servirá de apoio para capacitação de ribeirinhos, estudantes e profissionais com interesse na área ambiental. “Isso tudo forma uma rede de estruturas que servirá para fazer a divulgação do conhecimento científico do Inpa”, destaca.
Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa