“Nossa participação na pesquisa será referente à análise molecular do processo, envolvendo a identificação e a caracterização das proteínas relacionadas com a infecção causada pelo vírus em diversos modelos”, explica Beys da Silva.
O projeto, com orçamento inicial de mais de R$ 2 milhões, foi aprovado no mês de dezembro de 2016 e deve abranger diversos aspectos no estudo da doença. Devido ao grupo pesquisadores das mais diversas áreas, temas relacionados ao comportamento do vírus, identificação de possíveis marcadores da infecção e da evolução da doença, assim como potenciais alvos terapêuticos, devem ser discutidos. “O trabalho envolve todo o acompanhamento clínico e molecular para que se possa entender as diferentes etapas do processo infeccioso e da doença”, lembra Lucélia.
Atualmente o grupo trabalha com diferentes modelos experimentais para o estudo da infecção, além de pacientes. Conforme o professor da Univates, os primeiros resultados devem ser alcançados até o final deste ano. “Como a epidemia é recente e muito impactante, são necessárias intensa análise e discussão dos resultados para contribuir efetivamente no entendimento da doença. Trabalhar nesse grupo é algo muito gratificante e de imensa responsabilidade, não só pelo tema, mas pela quantidade de pesquisadores de impacto internacional em suas respectivas áreas de atuação integrando o grupo”, afirma Beys da Silva.
Segundos os professores, são utilizadas plataformas on-line para a troca de informações e encontros periódicos para discussão da pesquisa. “Somos pesquisadores jovens e será um desafio corresponder ao que esses profissionais com muito mais experiência esperam de nós. Além disso, o contato com cientistas de diferentes áreas e instituições cria a oportunidade para novas colaborações e pesquisas aqui na Univates”, conclui Lucélia.
Sobre o Zika
O vírus Zika é transmitido por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, que se prolifera nos locais onde se acumula água. A principal ação de combate ao mosquito é evitar sua reprodução. Na maioria dos casos, a pessoa infectada não apresenta nenhum sintoma. Em alguns casos, o Zika pode provocar paralisia (