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O estudante Poran Potiguara, do curso de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB), foi o milésimo indígena a obter a Bolsa Permanência, que destina auxílio financeiro a estudantes de universidades federais em situação de vulnerabilidade socioeconômica, indígenas e quilombolas. A bolsa mudou a sua vida. Há, ainda, outros diferenciais. Para eles, a concessão do benefício independe da carga horária e as inscrições poderão ser feitas duas vezes ao ano. Aos demais requisitantes, é necessário comprovar renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio, ter pelo menos cinco horas de aula por dia e não ultrapassar dois semestres além do tempo regulamentar para obter o diploma.
“Na minha comunidade, no litoral da Paraíba, 350 jovens são hoje atendidos pelo programa e eu, depois que me formar, quero dar aula aos jovens do meu povo”, conta Poran.

O Ministério da Educação acaba de liberar R$ 9,5 milhões para o programa. O dinheiro já foi repassado ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que vai administrar o pagamento a 16 mil cadastrados.

“O programa é um auxílio financeiro concedido aos estudantes para contribuir na permanência deles nos cursos superiores, bem como na sua diplomação”, explica o diretor de políticas e programas de graduação do MEC, Vicente Almeida Junior. Os estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica recebem um auxílio de R$ 400. Para os estudantes indígenas e quilombolas, o valor concedido é de R$ 900, por terem prioridade constitucional e por algumas especificidades em relação à organização de suas comunidades, como condição geográfica e costumes.


A bolsa visa a custear os gastos durante os cursos de graduação, como transporte, alimentação e moradia. Desde que foi lançado, em 2013, o programa mudou a vida de milhares de jovens, especialmente daqueles que não tinham como se sustentar enquanto frequentavam as aulas.

“O programa é altamente importante porque ajuda os estudantes a permanecer e a concluir os seus estudos nas universidades. São pessoas que, do ponto de vista socioeconômico, não teriam condições de acesso ao ensino superior e muito menos permanecer nele”, afirma Vicente Junior.

Assim como Poran Potiguara, foi graças ao Programa Bolsa Permanência que o futuro do gestor ambiental Adalberto Chaves, ex-aluno da UnB, tomou um rumo diferente. “Eu vim de uma família de oito irmãos e fui o primeiro a me formar”, comemora. Filho de pai agricultor e mãe dona de casa, o jovem veio de Santa Filomena, no Piauí, em busca de um sonho e conseguiu mudar a sua história, concluindo o curso superior com a ajuda dos recursos do programa. “A bolsa permitiu mudar a minha realidade, que provavelmente seria me tornar agricultor, como meu pai. Hoje, eu sou formado, trabalho, sou independente e sou feliz. Um orgulho para minha família e um exemplo pra todo mundo”.

O Programa Bolsa Permanência tem como base de dados o cadastro de beneficiários realizado pelas instituições de ensino. O sistema é validado mensalmente, para maior precisão na previsão orçamentária do governo federal. Os valores vêm sendo pagos normalmente e não há risco de cortes futuros, segundo informações da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC.

MEC Assessoria de Comunicação Social