Submit to FacebookSubmit to Google PlusSubmit to TwitterSubmit to LinkedIn
Somar iniciativas globais relacionadas à educação, ao desenvolvimento socioeconômico e à preservação do meio ambiente é o que propõe o Relatório de Monitoramento Global da Educação. Apresentado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), nesta terça-feira, 6, o documento aponta soluções para os atuais desafios enfrentados pela humanidade e pelo planeta.
Na mesa de abertura, o secretário de assuntos educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Gomes, aproveitou sua fala para protestar contra o governo. Em resposta, o ministro da Educação, Mendonça Filho, registrou a inadequação do momento para tal postura e defendeu que a paixão e dialética políticas que se estabeleceram no Brasil de forma bastante aguçada não interfiram nas discussões de temas tão relevantes para o povo brasileiro, como é o caso da educação.

“Quando se fala em educação, há de se ter o mínimo de unidade e respeito a todos. A equipe do MEC foi composta por profissionais qualificados, sérios, respeitados, que atuam na área há muito tempo. Independentemente de posição político-ideológica, são pessoas dedicadas à causa, isso todos reconhecem. Meu histórico político nunca admitiu a ideia de transformar num departamento político do meu partido ou de qualquer outro. O único partido político que terá espaço no MEC será o partido da educação. Esse é o partido que eu vou vestir a bandeira. Não vamos nos subordinar a intimidações, a mentiras, a domínios de guetos, como se porventura a educação pública de nosso país fosse propriedade de alguns poucos que, mesmo triplicando o orçamento da educação nacional, entregaram muito pouco para as crianças e jovens do nosso querido Brasil”, disse o ministro.

Em seu discurso, o ministro reconheceu que a educação não pode ser uma política social única e isolada; deve estar integrada com outras políticas sociais para transformar a realidade da população global. “Avaliar e reavaliar as políticas educacionais faz parte do nosso trabalho. Quando se fala em educação, é necessário um mínimo de unidade”, enfatizou.

Mendonça defende uma ação integrada que envolva estados, municípios e o governo federal. “É um princípio que eu tenho repetido: de que o espírito do MEC será federalista”, acrescentou.

Relatório – De acordo com o documento da Unesco, intitulado Educação para as pessoas e o planeta, apenas 70% das crianças em países de baixa renda completarão a educação primária em 2030, um índice que já deveria ter sido alcançado em 2015. Segundo Marlova Noletto, diretora da área programática da Unesco no Brasil, sem educação não há avanço em nenhum dos objetivos propostos pela entidade, como a erradicação da pobreza e do analfabetismo e a igualdade de gênero.

A secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, destacou a importância desse tipo de levantamento para que a pasta dê continuidade às ações e programas que melhoram a qualidade da educação no Brasil. “Há um compromisso do Ministério da Educação em produzir informações relevantes sobre a educação brasileira. Esse relatório de monitoramento global, e uma série de avaliações de políticas, de programas e de educação, auxiliam a todos os interessados e trabalhadores da área a entender melhor o que está acontecendo e o que é possível ser feito para melhorar a educação no Brasil e no mundo”.

Marlova Noletto afirma que os números impõem desafios, mas acredita que o Ministério da Educação, em parceria com toda a rede, vai reverter índices ainda abaixo do esperado. “O objetivo mais importante dessa agenda é não deixar ninguém para trás. Precisamos de vontade política, inovação, políticas públicas e recursos para reverter essa tendência. Reunimos os parceiros aqui porque nós sabemos que são estes os parceiros que permitem que a agenda do Brasil avance. E que há no MEC, na Undime, no Consed, na CNTE, e em vários outros parceiros fundamentais, o grande compromisso de continuar avançando.”

Nesse cenário, o MEC tem demonstrado uma preocupação especial com o aumento da qualidade na educação básica. Segundo a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, muitos educadores e jovens rejeitam o modelo de escola que temos, pelo fato de ser desvinculada dos seus projetos pessoais e da realidade brasileira.

Fini defendeu a aprovação do Projeto de Lei 6840/2013, em tramitação no Congresso Nacional, que propõe trajetórias curriculares mais atraentes para os jovens brasileiros. “Precisamos acolher os jovens e fazer da escola uma parceira dos seus projetos de vida”, acredita.

Conheça a íntegra do Relatório de Monitoramento Global da Educação

MEC Assessoria de Comunicação Social