De acordo com a Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp, os principais fatores apontados por Donizetti foram a criação da Agência Unesp de Inovação (AUIN); a promulgação de novas leis, como a de estímulo à proteção da propriedade intelectual; e a cobrança da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) por excelência nos Programas de Pós-Graduação, o que gera uma busca por aumento dos conceitos (notas), consequentemente, uma maior procura dos docentes por depósitos de patentes.
De acordo com o levantamento, as primeiras posições em concentração de número de patentes são Araraquara (37,7%); Botucatu (15,4%); Rio Claro (9,2%); Guaratinguetá (7,7%); e Ilha Solteira (6,1%). Já em unidades como Assis, São Paulo ou Ourinhos, o deposito de patentes é mais baixo: 1,5%; 0,7%e 0,7%, respectivamente.
Além do perfil tecnológico, Donizetti constatou que a produção se concentra mais em locais de grande concentração de empresas, como Araraquara, Bauru, Botucatu, Jaboticabal e Rio Claro.
“Araraquara e Botucatu somam mais de 50% das patentes. A unidade de Araraquara, sozinha, tem aproximadamente 40% de toda a universidade, isto porque eles desenvolvem produtos que favorecem o patenteamento”, ressaltou.
Na análise por área, as que mais solicitam patentes são as de química (25,3%); saúde (22,3%); instrumentação (18,5%); pedido de sigilo (quando não especifica a área) (11,5%); e agricultura (5,4%). Porém, existem áreas que pedem patentes, mas têm valor baixo, a exemplo da bioquímica (0,77%); transporte (0,77%); vestuário (0,77%); desenho industrial (1,54%) e alimentos (1,54%).
Donizetti ressaltou, no entanto, que a maior questão não é o número de patentes depositadas pela universidade, e sim quantas patentes entrarão no mercado via empresas. “Muitas vezes um pesquisador deposita vários pedidos de patentes, mas nenhuma empresa tem interesse em adquirir a patente. Ou seja, o pedido não se torna um produto”, explica o professor.
Agência FAPESP