Ainda durante este período, a indústria também se beneficiou com o final da Segunda Guerra Mundial (em 1945), já que os países europeus estavam devastados, necessitando importar produtos industrializados de outras nações, entre elas o Brasil.
Foi nesse cenário que o Pe. jesuíta Roberto Saboia de Medeiros, prevendo a intensa industrialização e fomento da economia brasileira, fundou, em 4 de março de 1941, a primeira escola de administração da América Latina, a Escola Superior de Administração de Negócios (ESAN), no bairro da Liberdade, em São Paulo – por meio de doações de empresários que apostaram na iniciativa e compartilharam o sonho do padre em construir uma instituição com o objetivo de formar profissionais qualificados para o setor empresarial com aptidões em pesquisa científica, e que também fossem seres humanos dotados de valores éticos. Saboia faleceu em 31 de julho de 1955, aos 50 anos, mas deixou uma marca inquestionável na trajetória do ensino superior brasileiro, isso porque, hoje, 75 anos depois, o Centro Universitário FEI firmou-se como uma das melhores instituições de educação superior do país, pioneira e inovadora.
“Ao longo de seus anos de história, o Centro Universitário FEI se desenvolveu pautado em princípios claros, como a formação integral de pessoas, o efetivo diálogo com a cultura, a articulação do ensino, da pesquisa e da extensão, o desenvolvimento da criatividade, a qualidade como fim, a inovação como meta e a ciência e tecnologia a serviço do homem e da sociedade”, afirma o Reitor do Centro Universitário FEI, Prof. Fábio do Prado.
Engenharia - Para dar continuidade à sua visão, o Pe. Roberto Saboia de Medeiros ainda instituiu, em 1945, a Fundação de Ciências Aplicadas (FCA) e, após um ano, criou a Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), com o curso de Engenharia Industrial modalidade Química e, posteriormente, acrescendo as demais áreas da Engenharia.
A partir da década de 1950, houve uma mudança nas características das indústrias da região do Grande ABC, por conta de investimentos privados e estatais, fomentados por logísticas da região e incentivos fiscais dos municípios, envolvendo os setores automobilístico, metalúrgico, mecânico, químico, petroquímico, de material elétrico e de autopeças - indústrias que necessitavam de mão de obra especializada. E esse movimento motivou a transferência dos cursos de Engenharia da FEI para um novo campus, em São Bernardo do Campo. Assim, o caminho do Centro Universitário FEI passou a se mesclar com o próprio crescimento da região.
Portanto, hoje, com dois campi na Região Metropolitana de São Paulo, o Centro Universitário FEI tornou-se referência entre as instituições universitárias do país nas áreas de Administração, Ciência da Computação e Engenharia, tendo formado mais de 50 mil profissionais nos vários cursos de graduação e pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) - e muitos destes ocupam posições de liderança nas principais empresas do país. Para a vice-reitora de Extensão e Atividades Comunitárias da FEI, Professora Rivana Marino, esses profissionais são um dos indicativos da contribuição da instituição para a região onde está inserida. “Para mantermos nosso compromisso de atender demandas sociais, precisamos nos manter atualizados, de modo a agregar parâmetros de qualidade acadêmica às necessidades dos setores industriais e empresariais. Isto gera conhecimento e forma pessoas que serão atores dos processos de inovação tão demandados pela sociedade atual”.
Atualmente, a FEI desenvolve estudos nas áreas de gestão da inovação, processos de inovação, além de metodologias aplicadas às organizações, automobilística, robótica, inteligência artificial, engenharia de produção, biocombustíveis e energia. “Nossa visão inovadora, de priorizar a tecnologia para melhoria da qualidade de vida, continuará a orientar cada uma de nossas escolhas e passos institucionais. Desse modo, a Instituição seguirá cumprindo, na prática, sua inspiração fundacional: atuar em vista do bem maior, do novo, do mais justo. Estamos prontos para, com ousadia e segurança, escrever esse futuro”, reforça o Prof. Fábio.