“Será uma experiência acadêmica e profissional incrível, estou muito ansioso para ir. Tenho certeza de que fazer esse trabalho lá vai me abrir novos horizontes”, conta Giancristofaro. A ideia de realizar esse projeto surgiu depois que ele fez iniciação científica com o professor Jó Ueyama. Com a ajuda do professor, o estudante entrou em contato com o pesquisador norte-americano Anand Panangadan, da Universidade do Estado da Califórnia. Mas o que Giancristofaro não imaginava é que esse contato possibilitaria também o estreitamento da parceria entre o ICMC e a universidade norte-americana.
Depois desse primeiro contato do estudante, a Comissão de Relação Internacionais (CRInt) do Instituto encaminhou uma mensagem à área de Programas Internacionais e Engajamento Global da Universidade do Estado da Califórnia para identificar as possibilidades de ida do estudante para os Estados Unidos. “Ficamos muito empolgados quando recebemos o e-mail da Comissão de Relações Internacionais do ICMC. A mensagem chegou em um excelente momento, pois já estávamos com uma viagem agendada para o Brasil”, revelou Kari Knutson Miller, vice-presidente da área de Programas Internacionais da Universidade do Estado da Califórnia. Ela esteve no ICMC dia 19 de novembro, junto com Christine Pircher-Barnes, diretora da área que atende os estudantes e pesquisadores estrangeiros.
Durante a visita, as representantes da universidade norte-americana foram recepcionadas pelo presidente da CRInt, José Carlos Maldonado, e pelos professores Adenilso Simão, Daniel Levcovitz e João Garcia Rosa. “Essa é uma parceria que nasceu a partir de uma colaboração concreta científica e que, agora, irá se fortalecer com a realização de convênios e outras ações”, ressaltou Maldonado. “Estamos interessados em todas as possibilidades de parceiras que poderão surgir a partir desse encontro, tanto em relação à mobilidade de estudantes de graduação e pós-graduação quanto no que se refere à colaboração científica”, completou o presidente da CRInt.
O professor Adenilso Simão sugeriu a realização de workshops entre pesquisadores das duas instituições a fim de identificar linhas de pesquisa comuns que poderão gerar futuras colaborações. A ideia foi muito bem recebida e as representantes da Universidade do Estado do Estado da Califórnia já colocaram os professores do ICMC em contato com os diretores da Faculdade de Ciências Naturais e Matemática e da Faculdade de Engenharia e Ciências de Computação para o planejamento do futuro workshop. “Identificamos quatro professores do Departamento de Matemática interessados em trabalhar com o ICMC para explorar as possibilidades de mobilidade e pesquisa”, disse Kari em mensagem enviada no final de novembro.
Intercâmbio – “Sempre tive vontade de fazer intercâmbio, mas queria dar um sentido adicional para ele. Agora estou indo para os Estados Unidos com um objetivo bem definido”, conta Giancristofaro. Ele ficará um semestre na Universidade do Estado da Califórnia desenvolvendo seu trabalho de conclusão de curso sob supervisão do professor Panangadan. O estudante continuará pesquisando a área de sensores e internet das coisas, com a qual já atuou na iniciação científica. Também cursará algumas matérias interdisplinares que ajudarão a completar seu curso.
A universidade norte-americana não cobrará taxa do aluno, que arcará com os custos da viagem e da estadia, pois não receberá bolsa para realizar o intercâmbio. “Minha família está animada e torcendo por mim, eles gostam da ideia de que eu conclua meu curso fazendo um trabalho no exterior”, finaliza Giancristofaro, que é de Bauru e tem apenas 21 anos.