“Trata-se de uma visita exploratória para avaliar possibilidades de colaborações em Ciências da Vida. O Brasil realiza pesquisas fantásticas nessa área e temos interesse de estabelecer parcerias com cientistas de todo o país e de promover trocas entre brasileiros e europeus. A FAPESP, por ser um expoente em pesquisa no Brasil, é um bom começo. Mas também vamos falar com universidades e outras instituições”, disse Leptin.
Sediada em Heidelberg, na Alemanha, a EMBO reúne cerca de 1.700 cientistas de 27 países, entre eles alguns dos principais expoentes mundiais nas áreas de Ciências da Vida.
Entre os objetivos da organização estão apoiar pesquisadores talentosos em todas as fases da carreira, estimular o intercâmbio de informação científica e ajudar a construir um ambiente propício à melhoria das condições de pesquisa na Europa.
A EMBO também auxilia jovens cientistas a avançarem em suas pesquisas, promovendo a reputação internacional desses pesquisadores e assegurando sua mobilidade, além de oferecer cursos, workshops, conferências e publicações com vistas a manter os padrões de excelência na prática da pesquisa. Esse apoio abrange pesquisas sobre mecanismos moleculares em todos os níveis, de moléculas individuais a organismos e ecossistemas.
A organização europeia apoia pesquisadores selecionados em processos de avaliação criteriosos. Ela atua também no desenho de políticas científicas, buscando informações e identificando necessidades da comunidade científica do continente.
“A EMBO é uma entidade muito importante, que existe desde a década de 1960 e reúne milhares de pesquisadores líderes. Para nós, do Estado de São Paulo, em particular, e para o Brasil, em geral, é interessante examinar a possibilidade de colaboração”, disse Krieger.
Durante o encontro, os representantes da FAPESP e da EMBO apresentaram as principais atividades e programas promovidos por suas instituições.
“Houve uma convergência bastante grande na forma de atuar, de financiar, nas prioridades. Há alguns programas com grandes semelhanças e algumas perspectivas mais imediatas de parcerias em organização de cursos e conferências”, contou Camargo.
Segundo Van Sluys, algumas colaborações pontuais podem ser feitas inicialmente com o objetivo de construir uma interação a longo prazo entre as instituições.
“Nos chamou a atenção o esforço da EMBO no sentido de criar networking entre jovens pesquisadores. Eles selecionam a cada ano 20 jovens pesquisadores e constroem uma rede de interação entre eles”, comentou Van Sluys.
Agência FAPESP