Segundo o reitor Jaime Ramírez, o ranking confirma o desempenho equilibrado da UFMG em todas as dimensões acadêmicas, tanto no ensino de graduação e de pós-graduação quanto na pesquisa e na extensão. Essa homogeneidade representa a força de uma universidade do porte da nossa, com atuação tão diversificada. Cumprimentamos toda a comunidade universitária (docentes, técnico-administrativos e estudantes).
Para o reitor, esse resultado não pode ser interpretado "como uma corrida com outras instituições, mas como um processo que resultou de esforço coletivo envolvendo todas as áreas do conhecimento. Nossa missão é oferecer uma formação de qualidade e contribuir para a sociedade. Cumprindo essa missão, estaremos em uma situação de destaque em qualquer avaliação.
Na classificação geral, a UFMG caiu uma posição em relação ao levantamento do ano passado. Na prática, saímos de uma situação de empate técnico com a UFRJ, em segundo lugar, e entramos em outro empate técnico com a UFRJ, agora em terceiro, explica o professor Ricardo Takahashi, pró-reitor de Graduação, ao comentar a troca de posições entre as instituições de um levantamento para o outro e a pequena diferença de pontuação que as separa.
Em relação à permanência da UFMG no topo da dimensão "ensino", Takahashi afirma que ela é reflexo de políticas institucionais de longo prazo que sempre privilegiaram a área. Quanto ao destaque na dimensão "mercado" 3ª posição , o professor vê uma sintonia com o próprio ensino. Ensino de qualidade resulta em grande aceitação de mercado. Um indicador confirma o outro, explica o professor.
Destaques entre os cursos
Três cursos da UFMG Ciências Contábeis, Farmácia e Psicologia figuram em primeiro lugar em suas áreas. Na segunda posição, aparecem Arquitetura e Urbanismo, Direito, Engenharia Elétrica, Fisioterapia, História, Medicina Veterinária e Letras. Em terceiro lugar, foram classificados, em suas respectivas áreas, os cursos de Administração de Empresas, Biomedicina, Economia, Enfermagem, Engenharia de Controle e Automação, Física, Pedagogia, Publicidade e Propaganda e Sociologia.
Na opinião do professor Takahashi, o RUF tem o mérito de lançar luz sobre aspectos não captados por outros rankings de alcance internacional. É muito difícil comparar ensino e mercado entre universidades brasileiras e do exterior. O ranking da Folha revela forças da UFMG não medidas por levantamentos mais genéricos, afirma o professor.
A avaliação
O Ranking Universitário Folha é uma avaliação anual do ensino superior do Brasil feita pela Folha desde 2012. O levantamento deste ano está centrado em dois eixos: a avaliação de universidades e a de cursos.
No primeiro caso, estão classificadas as 192 universidades brasileiras, públicas e privadas, a partir de cinco indicadores: pesquisa, internacionalização, inovação, ensino e mercado.
O ranking de cursos, por sua vez, traz a posição de cada um dos 40 cursos de graduação com mais ingressantes no Brasil, com base nos indicadores "ensino" e "mercado". Em cada classificação, são considerados as formações oferecidas por universidades, centros universitários e faculdades.
Os dados que compõem os indicadores de avaliação do RUF são coletados por equipe do jornal em bases de patentes brasileiras, em bases de periódicos científicos, em bases do MEC e em pesquisas nacionais de opinião feitas pelo Instituto Datafolha.