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Com o objetivo de investigar possibilidades de desenvolver projetos de pesquisa em cooperação entre pesquisadores no Estado de São Paulo e ligados à Universidade de Tübingen, na Alemanha, uma delegação de nove representantes da instituição e a diretora do escritório do DFG (Fundação Alemã de Pesquisa Científica) foram recebidos na FAPESP, em 29 de julho.
“Decidimos pela estratégia de selecionar 10 universidades de excelência no mundo para estabelecer cooperação e, na América Latina, escolhemos a Universidade de São Paulo por seu alto nível de pesquisa e interesse mútuo nas áreas essenciais para Tübingen, o que poderá beneficiar as duas universidades”, afirmou o reitor da Universidade de Tübingen, Bernd Engler. “Conhecer a FAPESP é essencial para entender a vida intelectual em São Paulo e os mecanismos de apoio à pesquisa dessa instituição.”

Engler chefiou o grupo composto pelos professores Heinz-Dieter Assmann, vice-reitor para assuntos Internacionais e vice-diretor do Centro Brasil; Stefan Laufer, diretor do Centro; Suzana Vasconcelos, diretora do Departamento de Literatura e Cultura Latino-americana; Remke Lohmann, coordenadora de Estratégia Institucional; Bettina Trueb, coordenadora de Pesquisa em Cooperação; Peter Grathwohl, vice-presidente de Pesquisa; Marcos Tatagiba, diretor do Departamento de Neurocirurgia; Gazaleh Tabatabai, do Divisão Interdisciplinar de Neuro-oncologia; Guilherme Lepski, do Departamento de Neurologia; e Kathrin Winkler, do DFG.

Criada em 1477, Tübingen tem acordos de cooperação científica com 150 instituições de pesquisa e de fomento no mundo. A universidade conta hoje com 28 mil estudantes, 34% cursando o doutorado. Cerca de 2.400 dos alunos vêm de outros países. O governo federal alemão é a principal fonte de recursos da instituição que ocupa o primeiro lugar do ranking de desempenho por áreas de pesquisa, elaborado pelo DFG, em Ciência de Plantas, Neurociências e Humanidades/Filosofia/Culturas Antigas.

A delegação foi recebida por Celso Lafer, presidente da FAPESP; Eduardo Moacyr Krieger, vice-presidente; Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico; Marie-Anne Van Sluys, coordenadora da área de Ciências da Vida; Fernando Menezes, assessor da Presidência; Marilda Bottesi, assessora especial para Colaboração Científica; e Carlos Eduardo Lins da Silva, consultor em Comunicação.

Celso Lafer destacou na abertura do encontro a importância da ciência na tomada de decisões, tanto na diplomacia como para a formulação de políticas públicas. “A FAPESP tem feito a sua parte ao oferecer ao Estado de São Paulo o conhecimento relevante”, disse. “E a Diplomacia da Ciência tem promovido o relacionamento que resultou, no caso da Alemanha, em produtiva cooperação com instituições de pesquisa e fomento à Ciência e à Tecnologia."

Na Alemanha, a FAPESP tem acordos de cooperação em ciência com quatro instituições de fomento: DFG, Ministério de Estado das Ciências, Pesquisa e das Artes do Estado da Baviera (STMWFK), Ministério Federal da Educação e Pesquisa (BMBF) e o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD). Entre as instituições de ensino e pesquisa, estão a Sociedade Fraunhofer e as universidades de Erlangen-Nuremberg e Münster.

O encontro também discutiu o grande potencial de cooperação entre os dois países e interesses da Universidade de Tübingen na estratégia de colaboração científica em áreas específicas, de mútuo interesse.

Brito Cruz apresentou os resultados do apoio à formação de pesquisadores e a programas e projetos de pesquisa. “A Fundação mantém hoje 10 mil bolsistas da Iniciação Científica ao Pós-doutorado e apoia projetos de pesquisa por até 11 anos, no caso de cada um dos 17 Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão, os CEPIDs, e por até 10 anos para os Centros de Pesquisa em Engenharia existentes ou em fase de criação com empresas como Peugeot Citroën Brasil, BG Brasil, Natura e GlaxoSmithKline Brasil”, informou.

Brito Cruz afirmou ainda que a estratégia da FAPESP de apoio à cooperação internacional em pesquisa cresceu muito nos últimos oito anos. “Essa colaboração cria conexões e oportunidades para pesquisadores trabalharem com seus colegas no mundo”, segundo o diretor científico. “Entre outras organizações, a Fundação mantém hoje acordos para apoiar propostas selecionadas de pesquisa com instituições de fomento como os Conselhos de Pesquisa do Reino Unido (RCUK) Institutos Nacionais de Saúde (NIH), nos Estados Unidos, e agências em Portugal, Dinamarca e Finlândia”, lembrou.

Agência FAPESP