Ao se despedir, depois de 11 anos à frente da Capes, Guimarães destacou o sucesso que a autarquia vem obtendo no desenvolvimento da pós-graduação brasileira, aumentando o número de bolsas para mestrados, doutorados e pós-doutorados, incentivando a publicação de trabalhos científicos e executando o programa Ciência sem Fronteiras.
“A Capes se distingue de outras instituições no mundo”, disse ele. “É uma matriz formadora de sementes multiplicadoras. Enquanto a Capes opera nos milhares, o Ministério da Educação tem a missão dos milhões”, disse.
Para o ministro da Educação, a Capes ocupa papel de destaque tanto na pós-graduação quanto na formação de professores para educação básica. “Nós temos aqui o trabalho de muitas gerações que contribuíram para fazer da Capes uma entidade que é um órgão de Estado com uma agenda de Estado e republicana”, disse Janine Ribeiro.
Entre as propostas do novo presidente, Carlos Nobre, estão aumentar a mobilidade de pesquisadores, estudantes e professores brasileiros e estrangeiros. “O potencial de atratividade do Brasil é imensa, seja pela estrutura das universidades, seja pelo capital de simpatia que o país goza no exterior”. Para Nobre, o Brasil precisa fortalecer a produção científica e tecnológica. “A saída passa por reforçar sistemas de indução de talentos a partir do ensino médio, passando pela universidade e chegando à pós-graduação”, concluiu.
Jorge Guimarães (primeiro à esquerda, com o secretário-executivo Luiz Cláudio Costa, o ministro Renato Janine e o novo presidente, Carlos Nobre) ficou 11 anos no comando da Capes (Foto: Mariana Leal/MEC) Carlos Nobre é natural da cidade de São Paulo e tem graduação em engenharia eletrônica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP), e doutorado em meteorologia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos. Iniciou a carreira profissional no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e atuou como pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de 1983 a 2012. Na Capes, foi coordenador da Comissão de Cursos Multidisciplinares entre 2006 e 2008.
Também foi secretário de políticas e programas de pesquisa e desenvolvimento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e, desde fevereiro de 2015, ocupava a posição de diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Nobre representa o Brasil no International Institute for Applied System Analysis (Iiasa). É membro do High Level Scientific Advisory Panel on Global Sustainability da Organização das Nações Unidas (ONU) e foi recém-eleito membro estrangeiro da Academia de Ciências dos Estados Unidos.
MEC Assessoria de Comunicação Social