Autoridades, docentes, acadêmicos e demais admiradores do trabalho do Museu Oceanográfico da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) participaram, em grande número, das cerimônias de velório e sepultamento do fundador do museu, professor Eliézer de Carvalho Rios. Morto aos 93 anos, na noite de quarta-feira, 25, Rios foi velado durante todo o dia no museu que criou e que hoje leva seu nome. Às 17h, foi sepultado, sob palmas, no Cemitério Católico rio-grandino.
Eliézer Rios foi o grande incentivador da Oceanografia no Brasil. Na década de 1950, foi um dos fundadores da Sociedade de Oceanografia do Rio Grande, que posteriormente deu origem ao Museu Oceanográfico. Em 1973, quatro anos depois de criada, a Universidade do Rio Grande recebeu o museu em doação. Rios foi seu diretor até a sua aposentadoria, em 1991.
Rios já era, então, professor de Ensino Superior, na área de Química. Apaixonado pelas Ciências do Mar, ajudou a criar o primeiro curso superior em Oceanologia do Brasil, na FURG. Participou, no ensino e na pesquisa, da formação de todas as gerações seguintes de oceanólogos, sendo paraninfo de quase todas as turmas. Mesmo depois, nunca deixou a atividade de pesquisa, tendo lançado vários livros sobre a sua maior paixão: a Malacologia (estudo dos moluscos).
A Universidade Federal e a Prefeitura Municipal do Rio Grande decretaram luto oficial de três dias pelo falecimento de Eliézer de Carvalho Rios.
