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feevale logo newO Parque Tecnológico do Vale do Sinos (Valetec) passa a contar com a primeira empresa na área de Biotecnologia. Foi formalizado o ingresso, na unidade de Campo Bom, da FK Biotecnologia S.A.– FK Biotec, empresa nacional reconhecida pela realização de pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de imunodiagnóstico humano e vacinas terapêuticas anticâncer.
“A presença da FK deverá atrair outras empresas de biotecnologia para o Valetec”, afirma Cleber Prodanov, que no mês passado assumiu a Pró-reitoria de Inovação da Universidade Feevale tendo, como uma das principais metas, o incremento do Parque.

Com a escritura de compra e venda de uma área de 10 mil m² em Campo Bom, assinada pelo prefeito Faisal Karam e pelo diretor-presidente da FK Biotec, Fernando Thomé Kreutz, a empresa prevê para o segundo semestre deste ano o início da construção no Parque Tecnológico do Vale do Sinos. Serão quase três mil m² de área construída, divididos entre o setor administrativo-comercial, a produção de saneantes biológicos e a produção de kits de diagnósticos. A estimativa é que a planta gere em torno de 200 empregos, entre diretos e indiretos. “É importante ressaltar que esses empregos gerados são de alto impacto. Hoje, por exemplo, quase 60% dos nossos funcionários possuem doutorado”, diz Kreutz.

Para o prefeito de Campo Bom, Faisal Karam, parcerias como essa convergem para o crescimento e confirmação da vocação do Vale do Sinos na área de alta tecnologia. Além de contribuir para a diversificação da produção, a instalação da empresa refletirá em emprego e renda. “Essa parceria é fundamental para Campo Bom, mas também para que a região se diversifique cada vez mais e seja um referencial em novos produtos de alto valor agregado”, destaca Karam. A secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ieda Lauxen, ressalta que o foco da Secretaria tem sido a diversificação da produção, sendo a FK uma referência em sua área de atuação. "Trata-se de uma empresa reconhecida mundialmente na área de biofármacos e diagnóstico. O Vale do Sinos certamente deu um grande passo com a opção da empresa em se instalar aqui", afirma.

Parceria com universidade e prefeitura

O diretor-presidente da FK Biotec, Fernando Kreutz, conta que, além da acolhida da Prefeitura de Campo Bom, uma das principais razões pelas quais a empresa escolheu o município para se instalar foi a parceria com a Universidade Feevale. “Isso vai permitir a formação de recursos humanos, com a possibilidade de os alunos logo interagirem com o setor produtivo. Esta é uma nova indústria, de alta qualificação, de salários maiores e que demanda, obviamente, uma formação mais específica”, explica, acrescentando que a universidade é um pivô dentro desse processo, tanto no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, quanto na formação de recursos humanos.

A parceria com a Universidade Feevale prevê a viabilização da captação de recursos de fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação no valor mínimo de R$ 3 milhões, em até cinco anos. Essa captação poderá ser composta por chamadas públicas nacionais (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Ministério da Saúde; Finep; CNPq; e Fapergs), chamadas públicas internacionais e recursos próprios da empresa. A FK também deverá oferecer no mínimo uma bolsa em nível de mestrado ou doutorado para a Feevale na área de gestão, tecnologia ou relacionada a atividades de pesquisa da empresa.

O pró-reitor de Inovação da Feevale, Cleber Prodanov, comemora o ingresso da FK no Valetec. “Trata-se de uma empresa de alta tecnologia, com grande potencial de desenvolvimento de vários insumos na área da Biotecnologia e também de pesquisa, em parceria com a Universidade Feevale”, destaca. Fernando Kreutz, por sua vez, lembra que esse vai ser um projeto importante não só para a FK, mas também em nível nacional. Segundo ele, muito do que se faz hoje, no país, no desenvolvimento de novas tecnologias, carece de uma planta com a capacidade de absorver essas tecnologias e transformá-las, efetivamente, em um produto para ser comercializado. “Esse é um passo fundamental, tanto para a trajetória da FK, quanto para a trajetória da inovação no País”, conclui.

Déficit de biofármacos no Brasil

Atualmente, o Brasil não produz biofármacos, o que causa um déficit no país. Mesmo assim, só a indústria de diagnóstico e biofármacos – que estará contemplada na planta industrial da FK no Valetec – movimenta R$ 10 bilhões por ano no Brasil, o que evidencia a importância da instalação da empresa em Campo Bom tanto para a região, quanto para o país.

O projeto da FK Biotec para o Parque Tecnológico do Vale do Sinos está focado, inicialmente, na produção de kits de diagnóstico, de saneantes biológicos e, provavelmente, também de biofármacos. Entre os produtos que serão industrializados estão novas tecnologias para combate à febre chikungunya, com a produção de três produtos que utilizam a nanotecnologia: inseticidas, repelentes e larvicidas.

Sobre a FK Biotec

A FK Biotecnologia S.A. – FK Biotec – é uma empresa nacional de base biotecnológica criada em 1999, com o objetivo de realizar pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de imunodiagnóstico humano e vacinas terapêuticas anticâncer. A empresa apresenta ampla experiência nos processos de desenvolvimento tecnológico, por meio de uma equipe altamente qualificada em diversas áreas da saúde.

Vinculada ao Programa Inovar da Finep, a FK Biotec é considerada um marco para a indústria de biotecnologia do país por ter sido a primeira empresa da área a receber capital de risco. Por meio de parcerias estratégicas com instituições públicas e privadas, permite que seus conhecimentos e competências tecnológicas acumuladas ao longo dos anos possam ser usados na criação de novos processos e serviços, proporcionando sua colocação em um mercado que prima por tecnologia e inovação.

Sobre o Valetec

Mantido pela Universidade Feevale, o Parque Tecnológico do Vale do Sinos (Valetec) incentiva projetos inovadores e promove o desenvolvimento tecnológico da região. Na unidade de Campo Bom estão instaladas 18 empresas, que geram 450 empregos diretos, e na unidade de Novo Hamburgo estão nove empresas, que geram 30 empregos diretos.