
Eles foram recebidos na instituição pelo presidente da Fundação UPF (FUPF) Claudio Almir Dalbosco e pelos vice-reitores de Graduação Neusa Henriques Rocha, na ocasião representando o reitor José Carlos Carles de Souza, e Administrativo Agenor Dias de Meira Júnior. Também estava presente o assessor da Assessoria de Assuntos Internacionais e Interinstitucionais da UPF Eraldo Zanella.
A vinda dos professores argelinos a Passo Fundo foi viabilizada pelos professores da UPF Edson Bortoluzzi e Claudia Petry, que estão envolvidos, desde 2008, no projeto de pesquisa Pró-África, intitulado “Agricultura familiar conservacionista e segurança alimentar: recuperação do solo e manejo adequado da água”. Financiado pelo CNPq, o projeto tem três universidades brasileiras envolvidas – a UPF, a UFSM e a Udesc – além da Université Abdelhamid Ibn Badis – Mostaganem e a Universidade Eduardo Mondlane, de Moçambique. O projeto já permitiu a mobilidade de inúmeros pesquisadores brasileiros na Argélia e vice-versa. Também, foram implementadas diversas ações, tais como, a instalação do primeiro experimento de pesquisa em cultivo de trigo sob sistema plantio direto em solo argelino. Por ocasião dessas visitas, elencou-se os temas de pesquisas prioritários e comuns para ambos os países.
No Brasil, a agenda dos visitantes, iniciada em Santa Maria, objetiva consolidar as iniciativas já estabelecidas e planificar ações de cooperação futura entre os dois países em pesquisa de graduação e pós-graduação. A visita em Passo Fundo foi também acompanhada pela pesquisadora do Departamento de Física da UFSM Maria Alice Santanna dos Santos.
Na recepção, o presidente da Fundação UPF Claudio Almir Dalbosco agradeceu a visita dos professores estrangeiros e reforçou a intenção de estabelecer parcerias, pois segundo ele, a internacionalização das instituições é uma necessidade. “Para que as relações internacionais se efetivem, precisamos de um plano concreto de ações. É isso que colocamos à disposição”, afirmou, lembrando que além da área de Ciências Agrárias, prioridade para a instituição argelina, a UPF também pode estabelecer cooperação em outras áreas, como as ciências humanas.
Em nome da Reitoria, a vice-reitora de Graduação também destacou a satisfação em receber as autoridades e poder estreitar laços com a Université Abdelhamid Ibn Badis – Mostaganem. Neusa Rocha reafirmou o interesse em formalizar um convênio de cooperação internacional e nomeou os professores Edson Bortoluzzi e Eraldo Zanella para que deem andamento aos trâmites. “É uma excelente oportunidade para nossos alunos e professores aprimorarem seus estudos”, observou.
O reitor Seddiki agradeceu a recepção e se mostrou interessado em conhecer mais detalhes da natureza comunitária da UPF. “Temos interesse em conhecer a estrutura e o tipo de administração feita na instituição, de inserção da comunidade acadêmica na sociedade”, disse. A Université Abdelhamid Ibn Badis – Mostaganem é pública, como todas na Argélia, e possui atualmente mais de 30 mil estudantes em todos os níveis de estudo. Seddiki pontuou que há duas décadas possuem relações com pesquisadores brasileiros, mas que agora, a finalidade é envolver as instituições.
A inserção internacional da UPF foi destacada pelo professor Eraldo Zanella. De acordo com ele, a instituição está fomentando cada vez mais a cooperação com universidades estrangeiras. “Hoje temos 23 alunos no exterior e estamos recebendo outros tantos, assim como recebemos e incentivamos professores para temporadas de trocas de experiências no exterior”, considerou.
O professor Edson Bortoluzzi avaliou a visita como de alta relevância para as instituições envolvidas, principalmente para os programas de pós-graduação brasileiros. “Em particular, a visita das autoridades da Universidade de Mostaganen-Argélia à UPF permitirá viabilizar a continuidade das ações de cooperação em longo prazo em especialidades específicas do conhecimento. Vislumbramos a possibilidade da mobilidade de estudantes e pesquisadores de ambos os países em formações de diversos níveis e especialidades nessas instituições”, salientou. O professor argumentou que a cooperação com a Argélia se caracterizará como a primeira da UPF no continente africano. “Isso é de extrema importância para todos, já que abrirá uma frente extraordinária de possibilidades em desenvolvimento de ações futuras em todas as áreas de atuação da UPF”, finalizou.