Na onda do jubileu, professores, estudantes e servidores toparam o desafio de contar como é possível aproveitar melhor o tempo no campus em 50 segundos, minutos, dias, meses e anos. Cinqüenta segundos dá quase um minuto, tempo suficiente para o estudante de Pedagogia Murilo Veloso comer um pão de queijo no Ceubinho entre um compromisso e outro. “Se for rapidinho ainda dá para acompanhar um café”, afirma o jovem de 18 anos.
Num passo apertado, a caloura de Filosofia Kamilla Cardoso usa os preciosos 50 segundos para ir do Minhocão à Biblioteca Central para complementar os estudos em sala de aula, enquanto o funcionário da limpeza, Francisco Souza, aproveita a brecha para uma saudação a algum colega. “Pra dar tempo tem que ser rápido e não pode esticar muito a conversa, como num encontro no meio do caminho, sabe?”.
Com um pouco mais de tempo, 50 minutos, os membros da comunidade já se arriscam pelo campus com um pouco mais de tranqüilidade. Os amigos e veteranos do curso de Química, Alex Machado e Carlos Alberto, por exemplo, aconselham usar o tempo para um cochilo no horário do almoço ou uma revisão antes de uma prova. “Se o conteúdo for muito puxado, talvez seja melhor usar o tempo para sentar e chorar”, brinca o estudante Alex, 25 anos, estudante do nono semestre.
DIAS – Já com 50 dias, a dica do servidor da Secretaria de Assuntos Acadêmicos Raul Santos é mesmo tirar umas férias e aproveitar o descanso. “De preferência em uma praia bem bonita da Bahia”, dá a dica. Servidor da UnB há 33 anos, ele conta que, no trabalho com o atendimento de estudantes, o período também é o suficiente para fechar um ciclo que envolve a abertura do processo e a resposta do departamento sobre, por exemplo, a possibilidade de aproveitamento de créditos.
Em 50 meses, o que dá um pouco mais de quatro anos, a estudante de Letras Sílvia Albuquerque, espera completar a graduação. “Se greves não atrapalharem, é o que pretendo fazer nesse período”, afirma a jovem de 22 anos. Já para o professor do Departamento de Ciência da Computação Díbio Borges, o período é tempo suficiente para uma avaliação mais completa de um curso de graduação, por exemplo. “Também dá para fechar um longo projeto ou reavaliar uma linha de pesquisa”, diz.
Finalmente, pensando em 50 anos, a estudante Kamilla Cardoso, mesmo no primeiro semestre de Filosofia, já sonha com uma carreira na Universidade em que acabou de ingressar. “Gostaria de ser professora aqui e nesse tempo dá até para em aposentar”. Entre tantas outras ideias, como a construção de novos prédios, campi e o resgate da autonomia administrativa, os entrevistados foram unânimes ao dizer que 50 anos “é tempo suficiente para construir uma das melhores universidades do país”.
UnB Agência