Ambos são guarda-chuvas que contemplam uma série de iniciativas adotadas e pretendem envolver outras tantas capazes de tornar a PUCRS referência nesses dois aspectos até 2015. "Os projetos mostram como pretendemos ser: ecologicamente mais adequados e modernos no que se refere à infraestrutura de tecnologia da informação", destaca o Pró-Reitor de Administração Finanças, Paulo Franco. "Não são propostas prontas. Estão em discussão", pondera.
A ideia do Campus Verde é envolver a comunidade universitária. Segundo o professor Osmar Tomaz de Souza, especialista em Economia do Meio Ambiente e responsável pelo projeto, a vivência e o conhecimento das práticas ambientais no Campus irão preparar os alunos para os desafios futuros no mundo do trabalho e eles poderão ser multiplicadores no seu cotidiano.
O nome Campus Verde mostra a ênfase na questão ambiental, sem deixar de lado outros aspectos. "O enfoque é abrangente, engloba ainda as condições de trabalho e a qualidade de vida", explica. As sugestões e discussões são feitas pelo Comitê de Gestão Ambiental da PUCRS, integrado por 18 pessoas. Também se embasaram nas atividades do Projeto USE - Uso Sustentável de Energia, criado em 2008. Mais de 1,5 mil integrantes da comunidade universitária participaram de capacitações para o uso consciente de energia. O projeto realiza ainda estudos técnicos visando à redução de custos. Outra iniciativa do USE e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo foi os telhados vivos dos prédios 1 e 5. No 5, a implantação teve influência significativa na redução da troca térmica entre o ambiente exterior e interior da edificação, chegando a menos 5ºC.
Para dar conta das necessidades do Campus, a PUCRS investiu numa subestação de energia, que passou a integrar o sistema elétrico de Porto Alegre. Tem capacidade instalada de 25 MVA (Megavolt Ampère) e tensão de 69 kV (quilovolts - alta-tensão). Sem a obra, a Companhia Estadual de Energia Elétrica não conseguiria mais atender plenamente à demanda de energia na classe de tensão de 13,8 kV.
O outro projeto para a PUCRS do amanhã, a Cidade Universitária Digital, vislumbra um ambiente de inovação e automação de processos. Há duas frentes: a prestação de serviços e a elaboração de ferramentas para a aprendizagem. O gerente de Tecnologia da Informação e Telecomunicação, Rogério Xavier, lembra que a infraestrutura de TI deve estar voltada para os objetivos da Instituição, na sua missão de ensino.
Como exemplos, podem ser citados o Laboratório de Tecnologias para Aprendizagem em Rede (Lab-Tear) e os Labs Móveis, na graduação, e as Salas de Aula Multifuncionais, voltadas preferencialmente aos cursos de especialização. No Lab-Tear, professores terão à disposição todo o tipo de tecnologias para apoiar as estratégias de ensino contemporâneas. Pelos Labs Móveis, tecnologias de ponta chegarão à sala de aula ainda neste semestre. As primeiras faculdades incluídas são de Educação, Direito, Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia, Física, Comunicação Social e Engenharia.