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John ElliottA pesquisa-ação pode tomar mais tempo do que a educação tradicional, mas segundo um de seus criadores e especialistas, o professor inglês John Elliott, o engajamento neste tipo de ensino pode propiciar mais rapidamente o conhecimento e a aquisição de valores pelos alunos. Ele esteve nesta quarta-feira à tarde na Universidade Católica de Petrópolis e falou para mais de cem professores da área pública e privada, além de alunos e pesquisadores do Mestrado em Educação da Instituição.
Na quinta-feira, também vai à Puc-Rio. É a primeira vez que Elliott vem ao Brasil para debater um método reconhecido internacionalmente.

John Elliott é doutor em Educação e pertence à Universidade de East Anglia, na cidade britânica de Norwich, no Reino Unido. É membro do Centro de Pesquisa Aplicada em Educação e Aprendizagem ao Longo da Vida, fundado há cerca de 40 anos pelo conhecido pesquisador Lawrence Stenhouse, também da Universidade do Reino Unido. O objetivo do Centro é justamente o de compreender os problemas da prática docente, sem perder de vista a ideia do professor como pesquisador, pois Stenhouse acreditava que todo educador tinha de assumir seu lado experimentador no cotidiano, transformando a sala de aula em laboratório, sendo o criador de seu próprio currículo pedagógico.

Em uma palestra de cerca de duas horas, Elliott trocou suas experiências nesta metodologia que coloca o professor como um observador ativo em sala de aula, onde terá a capacidade, por meio de reflexão, de aliar novas propostas ao currículo como forma de garantir o aprendizado. “Devemos refletir sobre as noções que pensamos que são entendidas pelos alunos em sala de aula. A pesquisa-ação integra ensino e pesquisa numa atividade singular do fazer e criar mudanças. Ela ajuda a lidar com os desafios do ensino neste rápido ritmo de mudanças socioeconômicas, pois é na prática do dia a dia que vamos buscar as soluções. Sua importância reside no fato de ajudar os professores na sua cultura de ensino. Pode levar mais tempo que o ensino do senso-comum, mas cria valores que indicam o que se constitui um processo educacional que vale a pena.”, explicou o pesquisador.