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A Universidade de Brasília recebeu nesta quinta-feira, 3 de maio, o relatório de avaliação do Ministério da Educação (MEC) sobre dois cursos de graduação: Geologia com nota 5 e Ciência Política com nota 3. O curso de Geologia recebeu a qualificação máxima que qualquer curso pode obter dentro do Conceito Preliminar de Curso do MEC – que soma avaliações do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), da própria universidade e verificação in loco, para os casos em que os cursos nunca tenham sido avaliados ou tenham rendimento abaixo de 3.
A avaliação faz parte do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), que é realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os critérios considerados pelos avaliadores são: organização didático-pedagógica, corpo docente e infraestrutura.

A coordenadora do curso de Geologia, Sylvia Maria de Araújo, acompanhou a visita dos supervisores do MEC. Apesar de ser a primeira vez que a Geologia da UnB é avaliada, ela acredita que a nota refletiu a expectativa de todos da área: o curso sempre foi considerado de excelência. Sylvia destaca seu corpo docente. “Todos trabalham com ensino e pesquisa. Temos 52 professores dos quais 50 são doutores”, afirmou.

Outra questão apontada pela professora como essencial para a nota é a inserção dos alunos no mercado de trabalho. “A presença dos nossos estudantes, quando se tornam profissionais, denota um reconhecimento da sociedade de que estamos no caminho certo”, disse. A coordenadora admite, no entanto, que apesar de possuir equipamentos de ponta e algumas salas de aula de primeiro mundo, alguns espaços devem ser melhorados.

CIÊNCIA POLÍTICA – Já a direção do curso de Ciência Política acredita que a nota 3 que lhe foi atribuída não condiz com a realidade. Marilde Loiola, diretora do Instituto de Ciência Política (IPOL), discorda de algumas questões da avaliação dos membros do MEC.

Segunda ela, a infraestrutura de salas de aula e os equipamentos encaixotados tiveram um peso na vistoria. “Tivemos um aumento de 30% no número de professores e passamos de 40 para 50 alunos. Obviamente vamos ter problemas de espaço porque somente daqui a um mês inauguramos o nosso novo prédio”, argumentou a diretora. “Não podemos ser penalizados em uma avaliação que desconsidera os avanços do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, o Reuni, que é altamente positivo. Faltou sensibilidade por parte da comissão de avaliação”, finalizou.

O Decanato de Ensino de Graduação (DEG) e o IPOL estão elaborando um recurso que será apresentado ao MEC na próxima terça-feira contra a nota atribuída pelos avaliadores. O diretor técnico de graduação, Sérgio Freitas, e os auxiliares institucionais do DEG, Danilo Prata e Marcos Vinícius, já começaram a planejar a resposta junto com a equipe do instituto. “A nota não condiz com o curso”, disse José Américo Garcia, decano responsável pela resposta ao ministério. “A organização didático-pedagógica é, sem dúvida, uma das melhores do país e a infraestrutura será entregue no mês de junho”, garantiu o decano.

As graduações de Geologia e Ciência Política nunca tinham sido avaliadas e por isso receberam visitas in loco. O curso de Comunicação Social – Audiovisual está sendo avaliado nesta semana.

UnB Agência