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A Universidade de Campinas recebeu na manhã desta quarta-feira (4) a visita de uma delegação da Alemanha, representando a Fraunhofer Gesellschaft, uma das fundações mais renomadas para o desenvolvimento tecnológico daquele país. O motivo da viagem, que será de dois dias, é vislumbrar futuras colaborações na área de pesquisa. O reitor da Unicamp, professor Fernando Costa, e o pró-reitor de Pesquisa, professor Ronaldo Aloise Pilli, recepcionaram, no Gabinete da Reitoria, o chefe da Fraunhofer Chile Wolfgang Schuch e o professor da Universidade de Talca, do Chile, Leonardo Santos. A expectativa é estreitar as relações até o fim deste ano.
Este é o primeiro encontro da Fundação Fraunhofer Chile com a Unicamp para tratar especificamente de participações em projetos que no momento estão em desenvolvimento naquele país. Essa fundação, conta Pilli, atua sobretudo em quatro áreas de pesquisa: aquacultura (criação de peixes em cativeiro), a de câncer, a de fármacos e nanotecnologia, incluindo aplicações em fármacos, alimentos funcionais e nutrição.

A ideia é contar com a participação da Unicamp em algumas dessas áreas, declara Wolfgang. O próximo passo consistirá em identificar pesquisadores que desejem ingressar nessa iniciativa. Já foi inclusive aventada a possibilidade de realizar um intercâmbio de estudantes, já que a Fraunhofer possui grande expertise em bioinformática, área de interesse tanto do Brasil quanto da Unicamp. Seria uma boa oportunidade de lhes oferecer um treinamento em bioinformática, ressalta Pilli. Em um segundo momento, a realização de um workshop conjunto com a Fundação Fraunhofer poderá ser considerada.

Wolfgang garante que procurou a Unicamp principalmente pela sua importância no cenário latino-americano, pela sua tradição na transferência de tecnologia de ciência básica e de inovação, além dos contatos pessoais havidos com o professor Leonardo em algumas colaborações. Leonardo Santos é ex-aluno do Instituto de Química (IQ) desta Universidade.

Envolvimento
Para a Fraunhofer, é uma questão estratégica alcançar o envolvimento de outros países no esforço de transposição da ciência básica para a inovação. “A fundação Fraunhofer é a maior organização europeia dedicada à ciência aplicada, atuando em áreas como saúde, segurança, comunicação, energia e meio ambiente”, explica Pilli, “mas sempre reconhecendo a importância do conhecimento básico para apoiar a inovação. Logo, eles estão em busca de universidades que tenham a nossa tradição de transferir conhecimento para o setor produtivo”.

O pró-reitor comenta que ainda neste semestre pretende fazer uma visita para a Fraunhofer Chile. “Até lá, esperamos ter progresso na identificação de interesses comuns e poderemos investir em algumas atividades entre professores e pesquisadores da Unicamp e da Fraunhofer-Chile”, acredita. Pilli será o interlocutor nesse processo, agindo como facilitador dos contatos, aproximando as pessoas e oferecendo apoio, seja através de visitas ou de outros workshops.

A Fundação Fraunhofer
A Fundação reúne 60 institutos que apoiam a inovação industrial e tecnológica, e 21 mil empregados somente na Alemanha. Fora desse circuito, ela possui unidades na Coreia, nos Estados Unidos e, mais recentemente, no Chile. As empresas que participam desse networking utilizam muito da inovação dos centros de pesquisa da Fundação. A Fraunhofer foi fundada depois da Segunda Guerra Mundial para dar suporte às pequenas e médias empresas alemãs. Na década de 1960, a Fundação foi institucionalizada como parte do arcabouço de apoio à inovação tecnológica da Alemanha.

Mais informações sobre projetos que envolvem laboratórios e grupos de pesquisa do Brasil poderão ser consultadas em: http://www.brazil.fraunhofer.com/pt/about_fraunhofer.html