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A oferta de 100 mil bolsas para que alunos brasileiros de graduação e pós-graduação possam estudar no exterior chamou a atenção de autoridades da Alemanha. Delegação chefiada pela presidente do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD, na sigla original), Margret Wintermantel, esteve nessa segunda-feira (13) na reitoria da Universidade de Brasília para discutir oportunidades de cooperação relacionadas ao programa Ciência sem Fronteiras.
Atualmente, a UnB conta com cinco convênios junto a universidades alemãs, quase todos no formato acordo geral, que envolve várias áreas de pesquisa. “Nossos desafios são fazer a prospecção de programas relevantes e prioritários, despertar o envolvimento dos alunos e viabilizar o aprendizado do idioma, já que a Alemanha exige proficiência em inglês ou alemão para o ingresso em suas instituições”, afirmou Ana Flávia Granja e Barros, chefe da Assessoria Internacional (INT) da UnB.

VANTAGENS – Para Wintermantel, apesar dos diferentes perfis institucionais – entre universidades brasileiras e alemãs – a cooperação entre os países é promissora. “Temos canais de financiamento privado de pesquisa e alocação de bolsas para o nossos pesquisadores virem ao Brasil. Além disso, pertencemos à elite científica mundial”, enumerou a professora, que também faz parte da Conferência dos Reitores das Universidades Alemãs.

“Há alguns anos, a Alemanha liderava o financiamento de pesquisas no Brasil. Outro aspecto que podemos recuperar são as modalidades de cooperação específicas, como a França faz com o Brasil através do Brafitec, por exemplo”, destacou Ana Flávia, da INT. Outra preocupação compartilhada pelas autoridades alemãs e a UnB se refere ao ranking internacional de instituições, utilizado como referência para as parcerias do governo brasileiro no programa de concessão de bolsas.

No caso das universidades alemãs, elas não estão submetidas à avaliação. “Essa hierarquia não dá conta das qualidades de áreas de pesquisa das nossas instituições”, criticou Wintermantel. “No Brasil, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) avalia e pontua os programas de pós-graduação, e a UnB está entre as melhores instituições. Esse quadro serve como referência ao mapeamento dos programas que estejam vinculados às áreas prioritárias do Ciência sem Fronteiras”, sugeriu Célia Ghedini Ralha, representante do Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação (DPP).

“O programa tomou o ranking internacional como ponto de partida, mas isso já está sendo flexibilizado. Nosso objetivo é escolher poucas instituições para a cooperação, mas que possamos ter um foco em áreas estratégicas”, argumentou Ana Flávia.

IDIOMA – Para atender aos estudantes candidatos a bolsas no Ciência sem Fronteiras, a UnB chegou a organizar, em janeiro, um curso preparatório para exames de proficiência em inglês e francês. Às autoridades alemãs, a Assessoria Internacional da universidade confirmou que já tem um projeto preparado para incluir outros idiomas, inclusive o alemão. “Vamos aguardar o edital da Capes ou então vamos disputar diretamente o financiamento de cursos preparatórios para vários idiomas, por se tratar de uma das principais credenciais de ingresso no programa”, garantiu Ana Flávia.

UnB Agência