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Os candidatos do Vestibular Unicamp 2012 aos cursos de arquitetura e urbanismo, artes cênicas, artes visuais, dança e música iniciaram nesta segunda-feira as provas de habilidades específicas, que prosseguem até quarta-feira. No Departamento de Música do Instituto de Artes (IA), o dia foi de provas de aptidão em instrumento e entrevistas. “Nesse vestibular, a Unicamp teve o maior número de inscritos entre as três universidades públicas paulistas, talvez por ser a única a oferecer o curso de música popular”, afirmou o professor Silvio Ferraz Mello Filho, coordenador das provas.
Segundo Mello Filho, a prova de habilidade específica avalia se os candidatos estão aptos a cumprir cinco anos de um curso superior de música, visto que eles geralmente vêm de conservatórios e escolas técnicas onde receberam formação instrumental e teórica. “O Estado de São Paulo tem duas escolas muito importantes, a Tom Jobim e a de Tatuí, que são o maior celeiro de estudantes de música tanto da Unicamp, como de USP e Unesp e das particulares. Nossa prova avalia se o estudante possui não apenas habilidade musical, mas também conhecimento geral para o estudo universitário.”

Jacqueline Lopes, que toca violino há cinco anos e estudou na Escola Ernst Mahle de Piracicaba, deixava transparecer certa ansiedade antes de se aquecer para a prova de aptidão em instrumento. “Espero que, acima da técnica, conte a interpretação, a paixão pela profissão que escolhemos. A Unicamp tem excelentes professores, nem é preciso falar sobre a qualidade do curso. Estou muito feliz de estar aqui, apesar de ser para uma prova.” No meio do corredor, Kauan Sartori dedilhava o violão, meio sem compromisso. “É meu primeiro vestibular. Vim mais para aprender, saber como é.”

Na outra ponta do corredor do IA concentravam-se candidatos ao curso de artes visuais. Marion Chatton, Nae Matakas e Paula Chimanovitch, todas da cidade de São Paulo, já haviam feito a prova de história da arte pela manhã e, sentadas no chão, aguardavam a prova de desenho. “Vi as provas do ano passado e espero conseguir fazer os vários desenhos que vão pedir; já em história da arte, as questões estavam dentro do que pediram para ler, curti responder”, disse Marion. “Espero que a prova peça movimentos simples, avaliando mais o desenho e menos as ideias”, torcia Nae. “Conversei com alguns veteranos e me falaram que a prova é bem interpretativa: é passado um texto e precisamos de muita criatividade”, previa Paula.

Entretanto, era justamente inverso o que antecipava o professor Antonio Carlos Rodrigues, o Tuneu, que coordena as provas de habilidades específicas. “A prova foi simplificada, está mais sintética e objetiva em relação ao desenho. No ano passado, exigimos mais em termos de conceituação e interpretação, e agora focamos o desenho, que é o principal objetivo. Estamos fazendo experimentos e, para o próximo ano, vamos discutir inovações em vários sentidos.