“Todos precisam do equipamento, que também facilitará o contato com a família, por meio de e-mails ou programas de mensagens instantâneas” disse Mercadante. “Também estamos dialogando para ser construída uma rede social específica, na qual haverá espaço para troca de informações e conhecimento.”
Também participaram da entrevista os presidentes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação, Jorge Guimarães, e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência e Tecnologia, Glaucius Oliva. Outro assunto abordado foi a primeira chamada pública do programa, referente à graduação-sanduíche nos Estados Unidos — 1,5 mil estudantes brasileiros embarcarão já no próximo mês para aquele país. “A primeira chamada foi um experimento para ver como se comportava o programa”, revelou o presidente da Capes. “Tivemos mais de 7 mil inscritos, um terço deles com pontuação muito acima da mínima exigida pelas universidades americanas.”
Guimarães destacou ainda a influência que o programa pode gerar nas instituições brasileiras. “No exterior, os alunos não terão mais que 15 ou 16 horas de aula por semana; no Brasil, muitos têm mais de 40 horas”, disse. “Lá, é adotado o lema de pouca aula e muito estudo.”
Quando os estudantes voltarem, segundo Guimarães, isso afetará a estrutura acadêmica das universidades. “É possível até que haja mudanças nos modelos curriculares.”
Glaucius Oliva salientou que as instituições, ao aderirem ao programa, obrigam-se a reconhecer as atividades acadêmicas do estudante no exterior. “Para reconhecer, ela tem de aprender como são desenvolvidos os programas de ensino no exterior e se reavaliar”, afirmou. “Os estudantes, ao retornarem, passam a ser instrumento de transformação das próprias instituições.”
Assessoria de Imprensa da Capes