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Os cursos de graduação em Jornalismo e Direito da UnB ganharam notas máximas na avaliação do Ministério da Educação (MEC). As notas foram atribuídas após reavaliação pedida pelos diretores dos cursos e do Decanato de Ensino de Graduação (DEG). Após visita técnica em setembro, o Conceito Preliminar do Curso (CPC) do Direito subiu de 4 para 5. Na semana passada, foi a vez do Jornalismo, que teve o CPC aumentado de 3 para 5.
A Avaliação dos Cursos de Graduação é feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e leva em conta dois pontos: o rendimento dos alunos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e visita técnica opcional para cursos com notas 3 e 4. Quem recebe 1 e 2 recebe, obrigatoriamente, a avaliação in loco para verificar as razões do baixo rendimento.

Os cursos de educação superior passam por três tipos de avaliação: para autorizar seu funcionamento, para reconher suas condições acadêmicas e para renovação desse reconhecimento. As visitas realizadas nos cursos de Jornalismo e Direito foram do terceiro tipo, e foram feitas de acordo com o ciclo do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), que se repete a cada três anos.

A decana de Ensino de Graduação, Márcia Abrahão, explicou que a visita opcional pode melhorar ou piorar a avaliação dos cursos. “Nos dois casos porque sabíamos que ia melhorar”, afirma. “São dois cursos que nós tínhamos certeza que tiveram  notas que não condiziam com aquilo que realizam”.

Márcia espera que a avaliação geral da UnB – o Índice Geral de Cursos (IGC) da universidade é 4 – também ganhe nota máxima. “No momento não há como porque a nota já foi dada. Mas, a expectativa que temos é que no ano que vem ela seja corrigida”, comentou. “Se as notas do Direito e Jornalismo tivessem sido 5 na avaliação de 2010 e se o Serviço Social não tivesse ficado com 2, é possível que o IGC da UnB fosse 5”.

JORNALISMO – O diretor da Faculdade de Comunicação (FAC), David Renault, explica que a nota reflete um momento particular que a FAC vivia em 2009. “Houve boicote ao exame e a faculdade estava em obras. Como parte do questionário é sobre infraestrutura, a nota 3 representa esse momento”, afirmou. “Quando essa nota saiu, a obra já estava concluída, os laboratórios montados e resolvemos recorrer”.

Para o professor o aumento do conceito não foi uma surpresa. “A gente conhece o que há por aí e as condições que a gente tem. A expectativa era melhorar. Não tinha como ficar com 3”, disse. Ele destacou produtos como o jornal online e impresso, o programa de rádio e a TV Web, todos com produção dos alunos, como elementos que constituem a excelência do curso. Além disso, o corpo docente conta com maioria de doutores. Dos 22 professores, 16 têm doutorado. “Quando você compara com outras unidades de ensino, é um quadro muito favorável”.

Zélia Leal, chefe do Departamento de Jornalismo da UnB, considera que a elevação das notas deve-se a uma grande mobilização de professores, estudantes e funcionários. “Não basta fazer um bom trabalho, temos que mostrar o que fazemos”, afirmou. “Para essa segunda inspeção, toda a comunidade se engajou”, disse.

DIREITO – A diretora da Faculdade de Direito da UnB, Ana Frazão, acredita que a possibilidade de mostrar aos membros do MEC os aspectos que envolvem o funcionamento do curso tornaram possível a mudança da nota. “Eles tiveram acesso ao nosso corpo docente, ao plano político-pedagógico e à infraestrutura que havia sido mal avaliada pelos alunos”, disse.

A nota 5, segundo a diretora, mostra a excelência atribuída ao Direito da UnB pela Ordem dos Advogados do Brasil e pelo Guia do Estudante, por exemplo. “Temos problemas de infraestrutura como qualquer universidade federal, mas nosso curso é extremamente bem avaliado por todos que nos conhecem”, afirmou.

UnB Agência