A diferença entre o número de inscritos – 14.118 – e o número daqueles que efetivamente farão a prova (13.962) ocorre em função de soltura ocorrida nesse intervalo de tempo entre inscrição e aplicação.
Diferentemente do Enem tradicional, que é aplicado nos finais de semana, o Enem para pessoas privadas de liberdade é realizado em dias úteis – e um dos motivos é que a movimentação em presídios é muito grande sobretudo aos domingos, dia de visita. Dessa forma, as provas deste ano serão aplicadas na segunda e na terça feira da próxima semana. No primeiro dia, o início será às 12h, pois os detentos deverão responder ao questionário socioeducativo antes da realização da prova, que terá início às 13h. Nesse dia serão feitas as provas de Ciências Humanas e suas tecnologias e de Ciências da Natureza e suas tecnologias. No dia seguinte, os participantes farão prova de Códigos, linguagens e suas tecnologias e de Matemática e suas tecnologias, além de uma redação.
Cada prova terá 45 questões, número idêntico ao do Enem tradicional e também são elaboradas com base na Teoria de Resposta ao Item (TRI), o que possibilita a comparação entre os resultados de ambas.
Ter instalações escolares é condição indispensável para participação de um presídio, evitando que haja traslado. Dessa forma, todos os participantes farão prova no local onde estão internos. Em cada sala haverá agentes penitenciários para garantir a segurança. No entanto, a prova será aplicada por funcionários do Consórcio contratado para aplicação do Enem, composto por Cespe e Cesgranrio, e terá supervisão do Inep. Esses aplicadores receberam treinamento ao longo desta semana.
Não será permitido o uso de lápis ou borracha e as canetas a serem utilizadas serão entregues na hora da aplicação da prova. Pela primeira vez para participantes privados de liberdade foi obrigatória a apresentação de CPF, o que facilitará todos os procedimentos de controle pelo Inep bem como a utilização dos resultados pelos participantes.
Assessoria de Imprensa Inep