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A cerimônia de entrega de medalhas na manhã do domingo (16), no Ginásio Multidisciplinar da Unicamp, que encerrou a 3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil, foi um retrato do papel que a competição tem ganhado no cenário da educação no país. Com mais de 65 mil inscritos de todos os estados do Brasil e 1,2 mil finalistas, a 3ª edição da Olimpíada consolida seu papel de estimuladora não apenas do ensino de história, mas de cidadãos conscientes e críticos.
A emoção tomou conta do ginásio da Unicamp, que vibrava a cada vitória.

Depois de cinco fases on line, muita discussão e vários quilômetros rodados, chegaram a Campinas, este final de semana, 300 equipes para a última etapa da 3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil. As expectativas eram altas depois de tanto esforço, mas o espírito que reinava já era de vitória. “Chegar até aqui já é mais do que uma conquista”, afirmavam ao desembarcar no aeroporto de Viracopos.

A cerimônia de premiação contou com a presença do pró-reitor de graduação da Unicamp, Marcelo Knobel; do editor da Revista de História da Biblioteca Nacional, Luciano Figueiredo;  do presidente da Associação Nacional de Professores de História, Sérgio Schmidt; do diretor de políticas educacionais do Ministério da Educação, Sérgio Gotti, além dos diretores do Museu Exploratório de Ciências, Marcelo Firer (diretor), Adriana Rossi, diretora educacional, e Cristina Meneguello, diretora associada e coordenadora da Olimpíada.

Foram entregues 35 medalhas de bronze, 25 medalhas de prata e 15 medalhas de ouro. Confira a lista das equipes medalhistas.

Dificuldades e Conquistas - “A Olimpíada Nacional em História do Brasil conseguiu converter uma competição em algo realmente positivo”, diz o professor Ruy Câmara, do Ceará, que trouxe duas equipes de escolas públicas para final. “Eu posso afirmar que a Olimpíada de História é um divisor de águas da vida dos alunos”.

Pelas dificuldades enfrentadas, como falta de tempo e espaço para trabalhar com muitas equipes, foi necessário realizar uma pré-seleção entre os alunos interessados no colégio E.E.F.M. do Estado de Alagoas (a escola é do Ceará). Três equipes foram montadas e as questões da Olimpíada eram discutidas coletivamente. A questão que envolvia um texto de Arthur de Azevedo, da 2ª fase da Olimpíada, por exemplo, levou um dia inteiro de discussão, conta Ruy.

“A questão aglutinava literatura, teatro e história. A Olimpíada Nacional em História do Brasil é riquíssima”, acrescenta. As dificuldades financeiras também foram um grande obstáculo, principalmente, para vinda para a final em Campinas. Este ano, a Câmara Municipal financiou as passagens de avião de uma equipe, e “a outra passou três dias em um ônibus, financiada com dinheiro de rifas e vaquinhas”, destaca o professor Ruy Câmara.