Integram a GACS, países que já mantém ou pretendem estabelecer pesquisas com o Amostrador Contínuo de Plâncton (Continuous Plankton Recorder – CPR). A formação da GACS foi acompanhada pela presença de representantes da Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI), Associação Global para a Observação dos Oceanos (POGO), Comitê Científico para Pesquisas Antárticas (SCAR) e Centro de Estudos Ambientais do Pacífico (PICES).
O professor Erik Muxagata integra o conselho do GACS e pretende estabelecer um programa de CPR no Brasil em parceria com outras Universidades Brasileiras. “O CPR vem sendo utilizado desde 1931 em rotas regulares de Navios de Oportunidade (Navios Cargueiros, Porta-Containers, Supercargueiros “RO-RO”) e de pesquisa no Atlântico Norte. Através de dados obtidos com o CPR, neste período de 78 anos, foi possível observar mudanças na distribuição biogeográfica e na fenologia de várias espécies assim como a introdução de espécies invasoras, florações de algas nocivas (HABs)”, explica o professor. Ele ressalta que o CPR tem sido um dos principais instrumentos para avaliar a influência de mudanças climáticas e acidificação dos oceanos no ecossistema marinho.
A GACS tem como objetivo estudar as mudanças sobre a biodiversidade do plâncton em uma escala global, tendo como metas: desenvolver um banco de dados de CPR global, dar suporte técnico na formação e desenvolvimento de novas iniciativas, produzir relatórios ecológicos sobre a biodiversidade planctônica global, criar uma interface entre a biodiversidade planctônica gerada pelo CPR com outros programas de observação global dos oceanos. A aliança foi firmada durante workshop realizado em Plymouth, na Inglaterra, nos dias 21 e 22 de setembro.