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O projeto “Genética no Sertão”, oriundo do Núcleo de Estudos em Genética e Educação da Universidade Estadual da Paraíba, dará prosseguimento a suas atividades nos próximos dias 29 e 30, no município de Queimadas, com a realização de um grande mutirão para atendimento médico audiológico. O objetivo da ação é determinar a prevalência da deficiência auditiva e estimar a contribuição dos fatores genéticos da doença, tendo como grupo de controle uma população do nordeste brasileiro.
A atividade ocorrerá na Policlínica, localizada no bairro da Rua Nova, das 08 às 17h, e contará com o apoio da Prefeitura de Queimadas e do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP). A expectativa é que sejam atendidos mais de 70 pacientes.  

De acordo com a professora do Departamento de Ciências Biológicas, Silvana Santos, o estudo genético permitirá exames que descreverão uma avaliação do grau de perda auditiva de cada um dos pacientes, diagnosticando a surdez em níveis, de leve a grave, e de modos, como unilateral e bilateral. Para Silvana, esses estudos levarão a conhecimentos epidemiológicos que permitirão a formação de estratégias genético-populacional de prevenção à surdez.

As ações contarão com a participação da equipe de fonoaudiólogos do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Marine Raquel Diniz da Rosa, Wagner Teobaldo Lopes de Andrade e Hannalice Gottschalck Cavalcanti.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a deficiência auditiva atinge cerca de 278 milhões de pessoas no mundo. A prevalência de surdez em populações está diretamente relacionada com a sua estrutura socioeconômica, variando de um a sete em cada mil nascidos vivos. Em países emergentes, a prevalência de deficiência auditiva é cerca de quatro vezes maior do que em países desenvolvidos, muito provavelmente devido aos fatores ambientais recorrentes como infecções. Foi estimado que as causas hereditárias contribuem com cerca de 16% dos casos de deficiência auditiva no Brasil, estimativa que pode atingir até 60% das ocorrências em países desenvolvidos. No entanto, esse panorama está em transformação em virtude de modificações nas condições de saúde da nossa população.