A atividade ocorrerá na Policlínica, localizada no bairro da Rua Nova, das 08 às 17h, e contará com o apoio da Prefeitura de Queimadas e do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP). A expectativa é que sejam atendidos mais de 70 pacientes.
De acordo com a professora do Departamento de Ciências Biológicas, Silvana Santos, o estudo genético permitirá exames que descreverão uma avaliação do grau de perda auditiva de cada um dos pacientes, diagnosticando a surdez em níveis, de leve a grave, e de modos, como unilateral e bilateral. Para Silvana, esses estudos levarão a conhecimentos epidemiológicos que permitirão a formação de estratégias genético-populacional de prevenção à surdez.
As ações contarão com a participação da equipe de fonoaudiólogos do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Marine Raquel Diniz da Rosa, Wagner Teobaldo Lopes de Andrade e Hannalice Gottschalck Cavalcanti.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a deficiência auditiva atinge cerca de 278 milhões de pessoas no mundo. A prevalência de surdez em populações está diretamente relacionada com a sua estrutura socioeconômica, variando de um a sete em cada mil nascidos vivos. Em países emergentes, a prevalência de deficiência auditiva é cerca de quatro vezes maior do que em países desenvolvidos, muito provavelmente devido aos fatores ambientais recorrentes como infecções. Foi estimado que as causas hereditárias contribuem com cerca de 16% dos casos de deficiência auditiva no Brasil, estimativa que pode atingir até 60% das ocorrências em países desenvolvidos. No entanto, esse panorama está em transformação em virtude de modificações nas condições de saúde da nossa população.