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Tenzin GyatzoA quarta visita do dalai-lama Tenzin Gyatso ao Brasil, que ocorreu de 15 a 17 de setembro, movimentou a cidade de São Paulo e reuniu os mais variados admiradores do monge tibetano, que esbanjou bom humor por onde passava. O evento foi dividido em quatro palestras voltadas a empresários, pesquisadores, budistas e demais interessados, em que foram abordados temas sobre ética nos negócios, os efeitos de práticas contemplativas no cérebro, convivência responsável e o cultivo de emoções construtivas.
A palestra “Convivência Responsável e Solidária”, patrocinada pela UNINOVE, contou com a presença do reitor da universidade, Prof. Eduardo Storópoli, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab e do reitor da USP, Prof. João Grandino Rodas. Na ocasião, o monge ressaltou a importância das grandes religiões no mundo que, apesar de terem diferentes bases filosóficas, oferecem instrumentos para criar uma comunidade humana mais feliz.
 
Durante sua estadia no país, o líder espiritual tibetano deixou mensagens de compaixão, amor, perdão e autodisciplina, valores que, segundo ele, formam a base de uma conduta ética. “Todas as grandes tradições religiosas do mundo cultivam a moral e a ética. É importante que haja, portanto, um bom relacionamento entre religiosos de diferentes tradições. Se uma pessoa se diz religiosa, é importante que ela conduza sua vida de maneira honesta e que cultive a compaixão e harmonia”, contou.
 
Dalai-lama também reafirmou seu compromisso de buscar criar uma consciência ética sobre a igualdade dos seres humanos, atividade que permeia sua vida desde tenra idade. O monge budista vive na Índia desde 1960, quando foi exilado após um movimento popular de resistência contra a invasão chinesa no Tibet, e recentemente abdicou das suas funções políticas como chefe de estado e de governo para se dedicar aos compromissos espirituais.
 
Apesar de se dizer “simplesmente um monge budista – nem mais nem menos”, Tenzin Gyatso, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1989, afirmou a inúmeros brasileiros a necessidade da prática da tolerância e do respeito mútuos entre as diversas religiões existentes e disseminou sua crença na humanidade. “Se existe amor, há também esperança de existirem verdadeiras famílias, verdadeira fraternidade, verdadeira igualdade e verdadeira paz. Se não há amor dentro de você, se você continua a ver os outros como inimigos, não importa o conhecimento ou o nível de instrução que tenha, não importa o progresso material que alcance, só haverá sofrimento e confusão no cômputo final. O fundamento de toda prática espiritual é o amor. Que vocês pratiquem o bem é meu único pedido”, disse.