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A Unicamp ganhou 57 pontos no ranking britânico QS World University de 2011, que aponta as 300 melhores universidades do mundo, subindo da 292ª para a 235ª posição em relação ao ano passado. A USP galgou mais 84 posições e está em 169º lugar, mesma pontuação da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam), sendo estas as duas instituições da América Latina que aparecem pela primeira vez entre as 200 melhores. Como em 2010, a liderança ficou com a Universidade de Cambridge (Reino Unido), seguida de Harvard, Massachusetts Institute of Technology (MIT) e Yale, três instituições dos EUA, e da britânica Oxford.
“O importante é o salto qualitativo que tanto a USP como a Unicamp deram este ano, sendo as duas únicas universidades brasileiras colocadas entre as 300 melhores do mundo. Da América Latina, também fazem parte deste ranking da QS a Unam, a Pontifícia Universidade Católica do Chile, a Universidade do Chile e a Universidade de Buenos Aires, mas estamos atrás apenas da USP e da Unam”, comemora o professor Edgar Salvadori De Decca, coordenador-geral da Unicamp.

Segundo De Decca, o resultado obtido pela Universidade é ainda mais expressivo considerando que um dos critérios de avaliação é da “reputação acadêmica”, ou seja, o reconhecimento pelas outras instituições em nível internacional. “A Unicamp ficou em 160º lugar nesse quesito, o que é um sinal evidente de internacionalização e de como a nossa Universidade vem se projetando no cenário acadêmico em todos os continentes, visto que a pesquisa é mesmo mundial”.

O ranking QS World University é elaborado a partir de seis indicadores com pesos variados: reputação acadêmica (40%), citação por docente (20%), razão de estudante por docente (20%), reputação junto ao empregador (10%), internacionalização do corpo discente (5%) e internacionalização do corpo docente (5%). O coordenador do ranking Ben Sowter, da empresa QS (Quacquarelli Symonds), destaca a presença crescente de universidades latino-americanas. O continente tem cinco delas entre as 300, mas o número sobe para 17 quando o espectro é ampliado para as 500 melhores.

O ranking também avalia o desempenho das universidades nas diferentes áreas do conhecimento e a Unicamp aparece na 152ª posição em Ciências Exatas e da Terra e em Engenharias, na 170ª em Artes e Humanidades e na 270ª em Ciências da Vida e Medicina. “Temos uma colocação bastante boa em Engenharias, Ciências Exatas e da Terra e em Artes e Humanidades. Na área de Ciências da Vida e Medicina, é bom observar que, comparando com as demais, o impacto da nossa política de publicações é mais recente – e onde esse indicador merece ser acompanhado de perto daqui para frente”, afirma o coordenador-geral da Unicamp.

Na opinião de Edgar De Decca, um aspecto que tem peso na classificação é a dimensão das universidades no que se refere a infraestrutura física e corpo de docentes, pesquisadores e alunos.  “A Unicamp possui características de uma instituição de porte médio. Para os próximos anos, a CGU [Coordenadoria Geral Universidade] e a Pró-Reitoria de Pesquisa devem fazer um trabalho de comparação, selecionando universidades de portes semelhantes nos rankings existentes e acompanhando a variação de desempenho entre elas”.