A faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU) uniu-se à escola Politécnica de Milão, na Itália, para organizar o workshop Brasília 50 + 50. Até o dia 10 de setembro, professores e alunos das duas escolas discutirão o planejamento da capital nos últimos 50 anos e debaterão os próximos 50. O tema geral é Brasília como utopia realizada e a se realizar, considerando-se a capital cinquentenária como um verdadeiro laboratório de experiências, passadas e futuras. Hoje às 18h, o professor da FAU Matheus Gorovitz fará palestra no anfiteatro 12 do Instituto Central de Ciências, seguido de coquetel. O evento é aberto ao público.
A ideia da união da FAU com a escola começou com estudos sobre a capital brasileira em Milão, no cinquentenário da capital brasileira. A visita a Brasília é a etapa final desse processo. “Talvez a visão deles traga outro olhar sobre a cidade”, diz a professora Maribel Ariaga, da FAU.
O workshop teve 70 inscritos e conta com a presença de três professores da Politécnica de Milão, alunos de pós-graduação italianos e estudantes da UnB. Ao final será estabelecido um convênio com a Politécnica. “Já temos convênios com outras universidades italianas”, diz Maribel. A professora ressalta que a cidade sempre atrai pesquisadores internacionais. “Brasília é um sonho, com seus prós e contras”, conta.
PASSEIO - Para apresentar a cidade foram organizados dois city tours, um sobre a parte emblemática da cidade, com passagens por monumentos e superquadras, e outro pelas cidades satélites. O diretor do departamento de Arquitetura e Planificação da Politécnica de Milão, Alessandro Balducci, gostou da primeira impressão que teve sobre a cidade. “O eixo monumental e a organização das superquadras são fascinantes”, diz. “Mas já podemos perceber que é uma cidade com problemas de transporte, muito voltada para carros”, analisa.
Alessandro conta que a escola milanesa interessa-se particularmente sobre como o projeto modernista se desenvolveu em suas possibilidades de urbanização e posições ideológicas. “É interessante estudar como se dão as contradições desse projeto”, diz.
Os grupos serão organizados em cinco eixos temáticos: Noroeste, região central, Brasília e as pré-existências (cidade de Planaltina), escala metropolitana e cidades satélites e assentamentos urbanos informais, na Estrutural. No dia 10 de setembro, sábado, os projetos serão apresentados nos atelieres da FAU. Ao final culminarão em um projeto único e uma possível publicação impressa.
UnB Agência
