Este é o quinto acordo entre a UnB e universidades chinesas. A universidade tem acordos com a China nas áreas de Biotecnologia e Biodiversidade, Relações Internacionais, Biologia Molecular, Nanotecnologia e Desenvolvimento Sustentável. “Esses acordos são muito importantes para a UnB porque a universidade pública federal precisa se tornar cada vez mais internacional”, diz o vice-reitor João Batista de Sousa. O vice-diretor do Instituto Confúcio na UnB, Chen Jiaying, ressaltou que já houve várias visitas de delegações chinesas à Universidade de Brasília. “Isso significa que, finalmente, as relações entre a China e Brasil estão avançando nas áreas não econômicas”, diz. “A educação é muito importante para que os dois países possam manter um desenvolvimento sustentável”.
A UnB foi uma das três universidades brasileira escolhidas para receber a visita da delegação Departamento de Ciências Sociais do Ministério da Educação chinês. O diretor geral do departamento de Ciências Sociais do Ministério da Educação da China, Yang Guang, impressionou-se com a vastidão do Campus Darcy Ribeiro e reforçou a intenção de estabelecer a cooperação nas áreas de humanidades com a UnB. “A China e o Brasil estão quase na mesma etapa de desenvolvimento econômico e social. Enfrentamos ainda muitos problemas sociais e precisamos entender como o Brasil vem resolvendo esses problemas”, afirmou. “A UnB fica na capital federal e é muito forte nas áreas das Ciências Humanas, especialmente sociais. Queremos acompanhar as pesquisas nessas áreas e trocar ideias”.
A universidade é a única que tem Instituto Confúcio, um centro de promoção da língua e da cultura da China. “Isso fez com que as universidades chinesas nos olhassem como ‘queridinhos’”, diz a chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais (INT) da UnB, Ana Flávia Granja e Barros. A presença do instituto na UnB é um forte fator na cooperação internacional, já que o vice-diretor da cátedra aqui, Chen Jiaying, é chinês.
NO ORIENTE – As relações do Brasil com a China têm crescido nos últimos anos, especialmente por causa do bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China (Bric) como mercados emergentes do cenário econômico global. De 13 a 20 de agosto, uma missão da Divisão de Temas Educacionais do Ministério das Relações Exteriores levou ao país asiático representantes do governo e de universidades brasileiros para apresentar o programa Ciência sem Fronteiras, anunciado pela presidente Dilma Rousseff em julho de 2011. A professora Ana Flávia Barros foi um dos membros da missão, que visitou três das mais importantes universidades chinesas.
A Universidade de Pequim, a Universidade de Pequim de Estudos Internacionais e a Universidade Tsinghua receberam a missão brasileira com grandes expectativas para a efetivação de acordos de cooperação. “Fomos recebidos como autoridades, com expectativa de resultados ainda para esse ano”, diz Ana Flávia. “A política do governo daqui, de alinhamento com os BRICs, deixa muito claro para os brasileiros que precisamos estudar melhor a china e conhecer melhor os chineses. Para sermos parceiros, precisamos entender muito bem o que o outro quer”.
De acordo com o ranking apresentado pelo Governo Federal, a China está em segundo lugar em produção científica no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. “Isso torna a china um dos paises prioritários para a cooperação internacional”, diz a professora. “Além da riqueza cultural, filosófica e tecnológica da China, que é o maior parceiro comercial de vários países”. Ana Flávia conta que, durante a visita, os chineses foram muito claros quanto às intenções de cooperação com o Brasil. “Pediram muito para mandarmos professores de português e para ensinar sobre a cultura brasileira”.
Professores interessados em acordos de cooperação com universidades chinesas podem entrar em contato com a INT pelo telefone: 3107-0215 ou pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
UnB Agência