Eles acreditam que a correção não repõe a perda inflacionária, pois seria válida apenas em julho de 2012.
O grupo de 56 professores aceitou por unanimidade a incorporação das gratificações, mas acham que o reajuste não é suficiente. Rodrigo Dantas, professor da Filosofia, defendeu que o movimento dos professores precisa se fortalecer e que aceitar a proposta do governo é saber que os salários estarão congelados até 2013. "Há pouco tempo não tínhamos nenhuma perspectiva. Com os indicativos de greves nas outras universidades, a coisa começou a mudar", disse.
Já o professor Flávio Botelho, ex-presidente da ADUnB, sugeriu que os professores se unam em manifestações, mas que a greve não é a saída, pois acaba desmobilizando a comunidade. "Temos que fazer como no Paraná, em que professores, alunos e servidores se juntaram por maior reajuste", afirmou.
A assembleia também determinou 31 de dezembro deste ano como data limite para negociação de reestruturação da carreira, ao invés de maio de 2012. O indicativo de greve, sem data, está mantido. Luiz Henrique Schuch, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), afirmou que as negociações com o governo foram, em geral, positivas, mas deixaram a desejar no quesito remuneração. “O direcionamento do acordo tem sido positivo, mas em termos de valores é pequeno”, afirmou.
Luiz Henrique avisou aos professores que a categoria passava por um dilema: a decisão deveria ser tomada hoje. “Amanhã temos que dar uma resposta à mesa de negociação”. O prazo apertado é justificado pelo governo em razão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que deve ser aprovada até 31 de agosto do ano anterior à sua vigência.
O Andes se reunirá com o Governo acontece na quinta-feira, 25 de agosto, em encontro marcado no Ministério do Planejamento (MPOG), às 14h30.
UnB Agência