"Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o risco de mortalidade para esses indivíduos é 2,5 vezes maior", explica a professora da Faenfi Andréia Gustavo, uma das organizadoras dos trabalhos. Podem candidatar-se pessoas entre 30 e 59 anos, sem dificuldades para caminhar e que tenham algumas dessas alterações. Também é importante que os candidatos tenham disponibilidade em alg umas manhãs. Contatos pelo telefone (51) 3320-3938, de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h.
Os voluntários selecionados participam de uma palestra no Centro de Reabilitação da PUCRS e recebem informações sobre os fatores de risco cardiovasculares que compõem os critérios de diagnóstico da Síndrome Metabólica e explicações da proposta do estudo. A pesquisa é financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS (Fapergs). Eles passam por avaliações com a equipe da psicologia, nutrição, enfermagem e fisioterapia, além de análises laboratoriais. Não há atendimento médico nem prescrição de remédios - somente o monitoramento por parte das seis áreas, orientação e incentivo para mudança do estilo de vida. O empenho individual refletirá na qualidade do resultado. Os voluntários recebem diferentes intervenções ao longo de três meses onde são acompanhados pela equipe, depois são incentivados a continuarem o tratamento sozinhos por um intervalo de mais sei s meses. Após, retornam para uma reavaliação final. Os selecionados são estimulados a pensar como investirão em sua saúde para terem uma vida mais saudável, independentemente dos problemas decorrentes da velhice.
O coordenador do Laboratório do Movimento Humano da Faenfi, Fabricio Edler Macagnan, ressalta que a aterosclerose, por exemplo, inicia muito precocemente e que os riscos estão diretamente ligados ao estilo de vida. "Cada um dos estágios da lesão é potencialmente reversível, desde que o agente causador do risco seja removido ou que os fatores de proteção sejam aumentados", explica. O trabalho está na terceira edição e já avaliou mais de 200 pessoas. De acordo com Andréia, a intervenção recebida pelos voluntários também reflete beneficamente em suas famílias. "Eles se tornam multiplicadores do que aprenderam nos encontros e compartilham novos hábitos, inclusive os alimentares, com as pessoas próximas".
Assessoria de Comunicação Social - PUCRS / ASCOM
