“O mercado de trabalho é muito bom. A diferença é que ainda há desconhecimento da profissão principalmente pelos jovens e adolescentes”, explica a presidente.
Segundo ela os o perfil do profissional de economia deveria ser mais abordado dentro de colégios de Ensino Médio. “Normalmente as pessoas entendem muito mais sobre as rotinas de trabalho de um advogado, um médico ou um arquiteto do que de um economista. É um problema social que começa na infância. As crianças, por desconhecerem, acham que economia é uma coisa difícil, uma profissão complicada”, destaca.
Economistas
No Paraná, existem 3.727 economistas registrados enquanto o Conselho Federal de Economia concentra cerca de 65 mil profissionais distribuídos pelo país. A profissão foi regulamentada há 60 anos e amanhã (13) comemora-se em todo o país o Dia do Economista.
Para o economista e professor da FESP, Nivaldo Camilo, as oportunidades e rotinas de trabalho são bastante amplas. “Nas áreas de finanças, por exemplo, o profissional define a política econômica de um país, estado ou município, equilibra a receita e a despesa do governo além de estudar e avaliar as consequências sociais destas medidas”, explica Camilo. Segundo ele, entre as rotinas mais comuns está a análise de mercado com um leque ainda maior de atuação em corretoras de valores, bancos de crédito e gestão financeira. “Nos setores público e privado o economista é responsável por fazer análise de investimento e viabilidade econômica”, aponta.
Handrelli Santos se destacou como melhor aluna do curso de Ciências Econômicas da FESP em 2010 faz considerações importantes sobre o perfil do profissional. “Realmente existe desconhecimento da profissão. Infelizmente as pessoas acham que economia é matemática pura, o que não é verdade. As pessoas acabam achando que Economia, Administração e Ciências Contábeis são cursos iguais com rotinas de trabalho também semelhantes, o que não é verdade. São três áreas completamente diferentes, mas que focam o mesmo mercado. As áreas de atuação são bastante diferentes”, comenta Handrelli.
A crise econômica mundial de 2007 e 2008 foi a base do conteúdo da monografia de Handrelli que conquistou o quinto lugar na categoria “Economia Pura e Aplicada” no 21º Prêmio Paraná de Economia.
Crise econômica
Embora os principais especialistas do país apontem que a atual crise econômica não seja intensa quanto ao momento agudo, deflagrado em setembro de 2008 após a falência do banco Lehman Brothers, Handrelli Santos afirma que a situação de endividamento do governo americano é complicada e comprometedora. “Com a compra de títulos de empresas que estavam falindo em 2007, o governo americano acabou se endividando e hoje tem dificuldades para pagar as contas. Os impactos acabam afetando o consumidor brasileiro pela desvalorização da moeda americana. Com o dólar baixo, o consumo de produtos nacionais acaba diminuindo o que compromete o mercado brasileiro, a indústria e o comércio”, avalia. Sobre o mercado de trabalho Handrelli destaca que não há crise. “Existem vagas para em muitas áreas, e para os economistas as consultorias estão em alta”, comenta.
Pioneirismo na formação de economistas
A FESP é pioneira no Paraná na formação de economistas. “Por aqui já formamos 4.606 bacharéis em economia desde 1943. Passaram pela FESP alunos que hoje, são profissionais respeitados e estão à frente de empresa de sucesso no mercado”, conta o presidente da faculdade, professor Antonio Carlos Morozowski.
Entre as disciplinas que o estudante vai encontrar no curso estão macroeconomia, microeconomia, formação econômica do Brasil, história econômica, história do pensamento econômico, economia brasileira contemporânea, matemática e estatística.
De acordo com o professor de Economia, Nivaldo Camilo, o graduado poderá trabalhar em diferentes segmentos que envolvem planejamento econômico e financeiro, geralmente em empresas de grande porte, setor bancário e vários segmentos financeiros ligados à área governamental ou empresas privadas.