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Estudo feito por um grupo de pesquisadores chefiado pelo professor da Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Fábio Roland, foi publicado pela revista “Nature Geoscience”, uma das mais prestigiadas do gênero. Fruto de trabalho de três anos, o grupo de pesquisa financiado por Furnas Centrais Elétricas S.A. e pela Swedish Foundation for International Cooperation in Research and Higher Education (Stint), contou com colaboração de pesquisadores dos Estados Unidos, Suécia, Canadá e Brasil (UFJF e UFRJ).
Existem discussões desde a década de 90 sobre o real papel das hidrelétricas nas emissões de gases do efeito estufa. Os pesquisadores analisaram toda a literatura existente sobre emissão de reservatórios, construindo uma grande base de dados para uma análise global dos níveis de gases estufa emitidos pelas hidrelétricas. O objetivo da pesquisa era dimensionar o mais precisamente possível o real papel dos reservatórios na emissão de gases do efeito estufa para a atmosfera.

A pesquisa revelou que a quantidade de gases estufa emitidos pelas hidrelétricas em todo mundo era bem menor do que a imaginada. “Imaginava-se que os reservatórios emitiam muito mais gases do efeito estufa do que foi concluído pelo nosso estudo. Chegamos a uma emissão total no mundo, a partir de hidrelétricas, de 288 Tg. Isso significa apenas 11% do que foi estimado anteriormente e representa 4% para a emissão de todos os sistemas aquáticos do mundo, a exceção dos oceanos”, explica um dos co-autores do artigo, Nathan Barros, doutorando pela UFRJ que desempenha a parte prática de seus estudos na UFJF.

Uma contribuição importante do estudo foi comprovar a hipótese de que o nível de emissão de gases tinha relação com a idade dos reservatórios. Quanto mais novos, maior a emissão. Outro ponto de destaque foi a relação encontrada entre a localização das hidrelétricas e a quantidade gases estufa expelidos. As medições indicam que quanto menor a latitude, maior os índices de emissão. Os cientistas reúnem hipóteses, mas ainda não sabem ao certo a causa.

Agora, o grupo dá continuidade aos seus estudos buscando preencher alguns deficits do último trabalho, como o papel dos sedimentos no aumento das gerações de gases. “Nós estamos envolvidos em projetos que visam emissão dos reservatórios do Brasil. É preciso fechar algumas lacunas. Um assunto que precisa ser melhor estudado com medições. Até março de 2013 vamos pesquisar 11 hidrelétricas pelo Brasil”, ressalta Nathan.

Para conferir a publicação do estudo clique aqui

Outras informações: (32) 3229-3227 (Pós-Graduação em Ecologia)

Universidade Federal de Juiz de Fora | Secretaria de Comunicação