Em sua reportagem, a publicação norte-americana explica que a validação do método foi feita a partir de testes utilizando 2.447 tweets contendo a palavra dengue, e postados entre janeiro e maio de 2009. Sua localização foi posteriormente correlacionada com focos identificados pelo Ministério da Saúde. Segundo a New Scientist, o trabalho foi apresentado na Conferência de Ciência da Web (acesse aqui) em Koblenz, Alemanha, no mês passado.
“A equipe agora pretende analisar 181.845 tweets enviados entre dezembro de 2010 e abril de 2011, mas está aguardando dados do Ministério deste ano”, registra a publicação, A pesquisa do Observatório é coordenada por Wagner Meira, professor do Departamento de Ciência da Computação da UFMG. Mauro Teixeira, pesquisador da Universidade (ICB) e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Dengue, também dirige os trabalhos (leia mais).
Repercussão
Conforme relata a publicação, “Philip Polgreen, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Iowa, e seu colega Alberto Segre, cientista da computação, que recentemente publicou estudo semelhante sobre o uso do Twitter para acompanhar gripe suína em diferentes regiões os EUA, dizem que o trabalho Meira é significativo. "Eles incluíram análise de sentimento e têm uma excelente abordagem geolocalizada", diz Segre.
“Segundo Meira, termos como "dores nos ossos" e "dor no olho", que são sintomas típicos de dengue, serão, agora, incluídos no software de sua equipe. Ele acrescenta que a ferramenta também vai melhorar, pois mais brasileiros estão entrando na rede web: "A cada ano temos mais dados"."
A reportagem sobre o software foi publicada na editoria de tecnologia. A New Scientist é especializada na discussão de temas relacionados a descobertas científicas. Dados informados pela própria revista mostram que sua tiragem chega a 144.401 exemplares e possui público leitor de 892.347 pessoas. A versão online pode ser acessada no endereço www.newscientist.com.
O Observatório da Dengue é um dos protótipos de pesquisa do Observatório da Web, desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Web, coordenado pelos professores da UFMG Virgílio Almeida e Nívio Ziviani. Veja: www.inweb.org.br.