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Os representantes do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal do Paraná decidiram, em reunião realizada na manhã de hoje (26), adiar o início das aulas para o dia 08 de agosto. Os cursos do Centro de Estudos do Mar, em Pontal do Paraná, do Setor Litoral, em Matinhos retomam as aulas no dia 1º de agosto, junto com o Direito, Medicina e Engenharia Mecânica/noturno. Foi constituída uma comissão encarregada de negociar com o comando de greve local o funcionamento, mesmo parcial, dos serviços considerados essenciais para os alunos, como restaurantes universitários, bibliotecas, laboratórios e transporte.
A reitoria da UFPR entrará em contato com o governo federal para pedir que os Ministérios do Planejamento e da Educação intensifiquem as negociações com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra). Servidores de 35 instituições de ensino estão em greve, há mais de 40 dias.

A reitoria considera que o movimento precisa sair do impasse. O momento é de desafio, mas a greve é legítima e de valorização da categoria. ''Nós entendemos a paralisação. Chegou a hora de buscarmos um ponto de equilíbrio'', destacou o reitor Zaki Akel Sobrinho

A decisão do colegiado pelo adiamento do início das aulas se deu por meio de voto dos representantes dos servidores, professores, alunos, aposentados e sociedade.
O conselheiro Bernardo Pilotto, que defende os servidores, disse que a reunião foi positiva e de reconhecimento do movimento.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest), Wilson Messias, disse que a decisão ''é justa e coerente''. Na opinião dele, não haveria tempo hábil para a realização das matrículas.

O conselheiro Wagner Tauscheck, do Diretório Central dos Estudantes (DCE), alega que ''o adiamento era necessário para garantir condições mínimas na volta às aulas''. A opinião foi compartilhada com os professores Eduardo Spinosa, do Fórum dos Coordenadores de Curso. Ele acredita que ''o adiamento é a posição mais razoável''. O presidente da Associação dos Professores da UFPR, Luis Allan Künzle alega que ''o movimento vai ganhar um fôlego e pode voltar a negociação com o governo''.

Nova discussão sobre a greve será realizada na instância máxima da universidade, que é o Conselho Universitário.

Assessoria de Comunicação Social da Universidade Federal do Paraná