A reitoria da UFPR entrará em contato com o governo federal para pedir que os Ministérios do Planejamento e da Educação intensifiquem as negociações com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra). Servidores de 35 instituições de ensino estão em greve, há mais de 40 dias.
A reitoria considera que o movimento precisa sair do impasse. O momento é de desafio, mas a greve é legítima e de valorização da categoria. ''Nós entendemos a paralisação. Chegou a hora de buscarmos um ponto de equilíbrio'', destacou o reitor Zaki Akel Sobrinho
A decisão do colegiado pelo adiamento do início das aulas se deu por meio de voto dos representantes dos servidores, professores, alunos, aposentados e sociedade.
O conselheiro Bernardo Pilotto, que defende os servidores, disse que a reunião foi positiva e de reconhecimento do movimento.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest), Wilson Messias, disse que a decisão ''é justa e coerente''. Na opinião dele, não haveria tempo hábil para a realização das matrículas.
O conselheiro Wagner Tauscheck, do Diretório Central dos Estudantes (DCE), alega que ''o adiamento era necessário para garantir condições mínimas na volta às aulas''. A opinião foi compartilhada com os professores Eduardo Spinosa, do Fórum dos Coordenadores de Curso. Ele acredita que ''o adiamento é a posição mais razoável''. O presidente da Associação dos Professores da UFPR, Luis Allan Künzle alega que ''o movimento vai ganhar um fôlego e pode voltar a negociação com o governo''.
Nova discussão sobre a greve será realizada na instância máxima da universidade, que é o Conselho Universitário.
Assessoria de Comunicação Social da Universidade Federal do Paraná