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A Universidade de Brasília vai construir um prédio para abrigar atividades do Instituto de Física. A obra é necessária principalmente porque as pesquisas da unidade utilizam diversos itens de manejo perigoso, como material radioativo, cilindros de nitrogênio e produtos químicos inflamáveis. Atualmente, os materiais são guardados no subsolo do ICC, sem iluminação natural e ventilação. O Plano de Obras da UnB prevê um orçamento de R$ 4,5 milhões para o projeto. O assunto foi discutido em reunião entre o reitor José Geraldo de Sousa Júnior, decanos e a direção do instituto. Desde o início de sua gestão, o reitor tem feito visitas a todas as unidades acadêmicas da universidade. Todas elas já foram visitadas, com exceção da Faculdade de Ciência da Informação. O encontro deve acontecer nas próximas semanas, completando a agenda de diálogos.
Além do novo prédio, os docentes da Física também reivindicaram reformas nos laboratórios do curso. Problemas na parte elétrica e de estrutura mobiliária tornam os espaços ineficazes. “O laboratório de Física III está com horário completamente preenchido, sem possibilidade de expansão. No módulo 9, que foi herdado do IB, não há bancadas e temos constantes problemas com a energia”, disse o professor Geraldo Magela e Silva, diretor do Instituto. Professores relataram que há constantes quedas de energia e que não há extintores de incêndio no local. Segundo eles, é necessário fazer uma revisão dos quadros elétricos. A Administração disse que os reparos serão feitos o mais breve possível. “Não podemos ficar nessa situação até o próximo semestre”, disse Márcia Abrahão, decana de Graduação.

Essas reformas são urgentes, já que o novo prédio só deverá ficar pronto daqui a três anos. O projeto de arquitetura depende da contratação de uma empresa especializada para contratar os serviços. "Nosso gargalo é a execução de projetos”, disse o decano de Administração, Pedro Murrieta. Segundo ele, a UnB tenta elaborar um modelo de edital de acordo com um modelo utilizado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), para serviços de engenharia. “A ideia é incluir a fiscalização das obras e a produção dos projetos nesse edital”, explicou.

Pedro afirmou que com a expansão universitária, a UnB tem recebido mais demandas para construções do que o Centro de Planejamento Oscar Niemeyer (Ceplan) pode atender. “Várias instituições de ensino superior estão usando esse modelo, que vai permitir que nós tenhamos como resolver a questão dos projetos”, disse. “A Física está em processo de espera por projeto”, afirmou o decano. “O processo é por muitas vezes penoso, admitimos isso, mas o caminho tende a se mostrar melhor com o passar do tempo”, afirmou.

Alberto de Farias, diretor do Ceplan, fez um resgate da memória da construção. Segundo ele, em 2005 foi realizado um estudo que definia a prioridade das obras dos prédios da Biologia, da Física, da Química e da Geociências. “Porém, tanto os edifícios da Física e da Geociências não ficaram como demanda principal”, disse.  Alberto lembrou que houve até a elaboração de um projeto, feito pelo arquiteto Cláudio Queiroz, mas que o próprio instituto deliberou por permanecer no ICC.

O professor Antônio Luciano Fonseca afirmou que desconhecia esse histórico e pediu documentos oficiais que comprovem as decisões. Alberto disse que os documentos podem ser resgatados e que serão disponibilizados. “Na época, foi decidido que o IB, o Cespe e o IQ deixariam o ICC”, disse. “Em algum momento isso foi definido e não foi na minha gestão, mas é importante ver em que situação isso aconteceu. Gostaria de trazer para o debate o agora e o futuro”, disse o reitor. “Temos que estar tocados em como resolver isso. Uma reunião como essa é fundamental para se encontrar caminhos”, afirmou o professor Joaquim José Soares Neto.

Os professores afirmaram que é imprescindível que o Instituto de Física seja alocado em proximidade ao IB e ao IQ. Alberto explicou que nenhuma decisão sobre o local será tomada sem haver consulta com o instituto, além disso os critérios de interdisciplinaridade, afinidade, segurança e similaridade são levados em consideração.

UnB Agência