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A primeira reunião da comissão organizadora dos 50 anos da universidade começou a discutir as ideias para celebrar o jubileu. Dos 27 integrantes, 25 estiveram presentes na mesa de discussão na tarde desta segunda-feira, 30 de maio. Entre as propostas, surgidas a partir de um brainstorm (“tempestade de ideias”, em inglês), estavam a recuperação da história da universidade, a organização de seminários, a publicação de livros, um concurso de monografias temáticas e a abertura dos portões para a comunidade conhecer o que se produz na Academia. “Vamos traduzir as sugestões em um projeto e convidar as unidades acadêmicas para apresentar suas propostas”, afirmou o reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Junior, presidente da comissão.
Ele ressaltou que encontro foi importante para os integrantes do grupo se conhecessem e para que tivessem uma noção do volume e do tipo de trabalho que vem pela frente.

O fotógrafo Luis Humberto Pereira, um dos fundadores da UnB, defendeu o resgate da história da universidade, que passou os 20 anos de ditadura sob forte pressão dos militares. Lembrou que o espírito rebelde dos criadores da UnB foi interrompido pelo golpe de 1964. “A universidade é algo que incomoda. O conhecimento é algo que não permite que coisas como 1964 aconteçam”, ensinou o professor aposentado. “Nesses 50 anos, precisamos responder por que nós existimos enquanto universidade”.

O professor emérito Aldo Paviani, autor do clássico Brasília, a Metrópole em Crise, na UnB há 42 anos, também recordou sem nostalgia a passagem dos militares pelo campus. “Todos sofremos para dar aulas. Tínhamos medo de falar qualquer besteira e sermos presos”, declara. “É importante que os registros históricos sejam escritos e que as fotos sejam colocadas em um painel”.

Outro que falou sobre a importância de aproveitar o cinquentenário para unir passado e futuro do campus foi o arquiteto e professor aposentado José Carlos Córdova Coutinho. “O Jubileu é uma ocasião para que se retome o ideal fundador da Universidade de Brasília”, afirma.

Para a representante do Diretório Central dos Estudantes, Luana Weyl, é importante incluir na agenda das comemorações a história da Casa do Estudante Universitário (CEU) e as pautas em que a UnB inovou. “É preciso valorizar as questões em que a UnB foi pioneira, como as cotas”, afirma. “A universidade está sempre em transformação. É bom lembrar quem fez esses 50 anos”, pontua. Ela lembrou ainda que a UnB vai realizar o 2º Congresso Estatuinte este ano e que esse é um marco na história da universidade.

FLAAC – O Festival Latino-Americano e Africano de Arte e Cultura, o FLAAC 2012, que será realizado no ano que vem, fará parte das comemorações dos 50 anos da UnB. O decano de Extensão, Oviromar Flores, presidente da comissão organizadora do festival, acredita que uma das frentes de atuação do decanato será a presença de estudantes do ensino fundamental e médio na UnB, tanto nas atividades dos 50 anos quanto no FLAAC. “É importante saber como são os cursos, como se entra na universidade e como se mantém aqui”, explica. “É impossível sonhar com o que a gente não conhece”.

UnB Agência