Neste trabalho foi empregado um processo que utiliza água oxigenada e radiação ultravioleta, provida por uma lâmpada de vapor de mercúrio.
"O grande problema dos resíduos das indústrias têxteis é que os mesmos possuem forte coloração devido ao uso de corantes para tingir tecidos. Quando lançada em rios ou no mar, a coloração dos resíduos reduz a absorção de luz no meio aquático, interferindo na fotossíntese de plantas e algas, o que pode prejudicar todas as espécies que estão acima destes seres na cadeia alimentar", explica o pesquisador.
Simples e viável
Atualmente, os processos utilizados em indústrias têxteis brasileiras não são capazes de destruir os corantes presentes nos efluentes. "O grande diferencial deste trabalho é utilizar uma alternativa simples para destruir as moléculas de corantes e, com isso, remover a cor forte dos resíduos químicos", relata Claudinei.
A pesquisa desenvolvida pelo professor também demonstrou que a utilização de papel alumínio para envolver o recipiente no qual os resíduos líquidos são tratados reduz em 40% o consumo de energia elétrica durante o processo. "Para ser efetivamente aplicável, não basta que um processo de tratamento seja eficiente e atenda aos padrões de descarte exigidos pelas leis ambientais. É necessário, também, que o processo seja economicamente viável", completa o professor.
Destaque
A Water Science and Technology é uma publicação de destaque no meio acadêmico, por deter a nota mais alta (Qualis A1) no critério utilizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para avaliar periódicos científicos. O artigo elaborado pelo professor Claudinei deriva de sua pesquisa de mestrado, realizada pela Universidade de São Paulo (USP), sob orientação da professora doutora Teresa Cristina Paiva.
Assessoria de Comunicação Social
Centro Universitário do Leste de Minas Gerais