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nuotoNas manhãs de sábado, Milene de Assis, 18 anos, fica ansiosa para frequentar um lugar diferente. Com a companhia de sua mãe, Marli, pega dois ônibus para chegar ao setor de piscinas do Complexo Esportivo da Unisc. Lá, junto com outros 11 colegas, realiza atividades recreativas dentro da água. A jovem e seus colegas são surdos e integram um projeto de inclusão social. Estudantes da Escola Rosário, desde novembro de 2010 complementam sua formação com as aulas de natação.
Conforme explica o coordenador do projeto, Luis Fernando Santos, o educandário foi quem buscou a Universidade para a parceria. “Começamos de forma experimental com o trabalho de monitores de Educação Física e Pedagogia e logo a iniciativa se consolidou”, enfatiza.

Santos lembra, inclusive, da primeira aula dada por ele. “Desde o primeiro dia houve uma grande troca. Os pais que acompanhavam as crianças já me ensinaram alguns sinais para a comunicação. Desde lá aprendi muito”, reforça.

A troca mútua de aprendizado é justamente um dos objetivos do projeto de natação para crianças e adolescentes surdos. Além de incentivar a prática de atividade física, também promove a inclusão social. Os primeiros passos da turma foram em torno da adaptação ao meio líquido. Atualmente, já desenvolvem atividades para a iniciação ao nado. “Nossa meta é, assim que eles dominarem os fundamentos da natação, que participem das mesmas aulas que os outros jovens”.

Acadêmica do curso de Pedagogia e monitora do projeto, Josi Rocha ressalta a importância do projeto. “A socialização já se inicia no vestiário, quando os surdos e os participantes sem necessidades especiais começam a se comunicar”.

Os pais aprovam a iniciativa. Marli, mãe de Milene, ressalta a importância da filha ter um lugar para frequentar, pois, segundo ela, a alternativa seria ficar em casa. Por meio dos sinais, a menina concorda. “Gosto de encontrar os meus colegas. Também adoro água. Se pudesse, ficava o dia inteiro dentro da piscina”, garante.

O coordenador do Departamento de Marketing Esportivo, Fabrício Gianezini, aponta que é muito importante para a Unisc abrir portas para uma turma com necessidades especiais. “Por meio dessa acessibilidade podemos contribuir com a formação destas crianças e adolescentes”. O retorno, aparece no sorriso dos participantes, que entre um mergulho e outro, dão um passo a mais no seu futuro.

Assessoria de Imprensa - Unisc