Uma dessas estratégias é a aplicação de novas práticas em sala de aula, com a exploração e a construção de conceitos matemáticos e químicos, além da criação de ambiente interativo de aprendizagem, de acordo com as necessidades dessa nova cultura profissional. Entre as metas estabelecidas para o projeto estão a integração do instituto com escolas da rede pública para fortalecer os programas de ensino, pesquisa e extensão; a melhoria de qualidade da educação, com base em avaliações de programas e dados estatísticos como Pisa, Enem, Ideb e Saeb, e estimular a opção dos alunos do ensino médio da rede oficial por cursos de licenciatura, de forma a amenizar a escassez de professores no estado.
Segundo dados do Ministério da Educação, é necessário o reforço de 3.441 profissionais, com habilitação específica, para erradicar o problema da falta de professores das duas disciplinas nas redes públicas estadual e municipais. Ainda segundo dados estatísticos do MEC, 2.474 professores lecionam matemática sem ter curso superior; outros 807 têm curso superior, mas não a licenciatura na disciplina; 160 também têm nível superior, sem licenciatura alguma.
Na área de química, os números são relativamente menores — 81 profissionais sem formação lecionam química; 112 com formação superior não têm a licenciatura específica; 28 com nível superior carecem de qualquer licenciatura. A demanda na área é de 70 professores.
O projeto deve ser aplicado durante dois anos. Uma equipe multidisciplinar, composta por 50 bolsistas — metade de cada licenciatura e dez professores das escolas participantes —, fará o acompanhamento do desempenho dos alunos em sala de aula. “Nossa proposta não se resume a essa iniciativa”, diz o reitor Sérgio Teixeira. “É necessário desenvolver a inclusão social para que nossos jovens tenham uma formação, possam continuar os estudos e contribuir, no futuro, para o desenvolvimento de seu município, com pesquisas ou projetos de contribuição social.”
Assessoria de Imprensa do instituto federal de Alagoas