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cina-bandieraDelegação chefiada pelo Secretário de Educação da província de Shandong, Qi Tao, veio à UnB em busca de cooperação nas áreas de Nanotecnologia, Relações Internacionais e Direito. O grupo também quer apoio para a ampliação dos cursos de pós-graduação da província. Shandong tem 9 milhões de habitantes e é a 3ª maior economia da China, com 130 universidades.
“O campo das ciências de materiais aplicada a nanotecnologia é a área mais forte das universidades de Shandong”, afirmou o Secretário em reunião com representantes da Assessoria de Assuntos Internacionais (INT) e professores dos Instintutos de Biologia e Física.

“Os dois países podem ganhar muito com a parceria já que as pesquisas na área são complementares”, explica o professor Paulo César de Morais,físico que trabalha em projetos de pesquisa em Nanotecnologia e esteve durante 4 anos na China em pesquisas conjuntas sobre o tema na Universidade de Wuhan, província de Hubei.

“Os  chineses são ótimos em transformar os resultados das pesquisas em Nanotecnologia em produtos que podem ser reproduzidos em larga escala”, conta.  “Aqui no Brasil, em contrapartida, estamos avançados nas pesquisas de bancada, que se desenvolvem dentro dos laboratórios para produzir conhecimentos teóricos”. A nanotecnologia é a ciência que estuda a produção de novos materiais em escalas microscópicas.

A delegação também pretende fazer acordos na área de Relações Internacionais e Direito. “Esses dois campos ainda não são muito desenvolvidos na província e teríamos muito a ganhar com a experiência da Universidade de Brasília”, afirmou Qi Tao.

Outro interesse da delegação está no fortalecimento da pós-graduação do país. “A China ficou muitos anos sem pós-graduação depois da Revolução Cultural Chinesa”, explicou o secretário Qi Tao. Até o final da década de 1970 as pesquisas na China eram realizadas na Academia Chinesa de Ciência e nos institutos ligados a ela.

Nesse período, a pesquisa científica ficou muito concentrada e o país formava poucos pesquisadores. “Agora a maioria das pesquisas voltaram para as universidades”, conta Qi Tao. “Mas ainda é preciso ampliar e fortalecer os cursos de pós-graduação, e a cooperação internacional é essencial para isso”.

O professor Paulo César acredita que o apoio da Universidade na estruturação desses cursos é um campo promissor para parceriais. “Na Universidade de Jinan, por exemplo, os cursos de mestrado já estão bem estruturados, mas os de doutorado ainda serão abertos nos próximos ano”, conta. “Para ajudar nesse processo a UnB pode enviar professores para darem cursos nas universidades, e receber professores chineses em programas de pós-doutorado”, explica o professor.

O secretário pretende articular uma visita de pesquisadores brasileiros nas universidades da região. “Será uma oportunidade de identificarmos pontos em comum entre os dois países”, defende. Para Ana Flávia Barros, chefe da INT é essencial que se faça um contato direto com as universidades chinesas. “A legislação brasileira só prevê que os acordos sejam travados diretamente com as instituições de ensino do país estrangeiro”, explica. Na China, por outro lado os acordos acadêmicos também podem ser feitos com os governos das províncias, que compartilham com governo federal a gestão das universidades.

PRESENTE – Depois da reunião a comitiva esteve com o reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Júnior. “Estou animado com essa aproximação, pois já sinaliza possibilidades concretas de parceria”, afirmou. A comitiva presenteou a UnB com uma pintura Fanzeng, um dos maiores artistas do país. Só existem dez exemplares iguais do desenho, que retrata o filósofo chinês Confúncio em um papel artesanal.

UnB Agência