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Um jovem armado parou o Brasil. Acordou o Rio de Janeiro às 8h da manhã com tiros e sangue. Fez de uma escola um palco de horrores. Tirou a vida de 12 crianças. A população está em choque. A nossa educação em luto. A Universidade de Brasília está profundamente triste. “O que ocorreu é uma quebra de todos os sentimentos de proteção e preservação”, afirma José Geraldo de Sousa Junior, reitor da UnB. “Embora esse fato aterrorizante tenha ocorrido em uma escola, é exatamente nesse ambiente que os valores mais sólidos de humanização podem ser reconstruídos”, completa.
Ele lembra que a UnB, como um ambiente educador, trabalha sem perder de vista a solidariedade e o cuidado com o outro. “É preciso estar atento ao sofrimento do próximo porque um descuido pode propiciar que vulnerabilidades se expressem de forma agressiva”, afirma. O reitor acredita que nenhum ambiente está livre de fatos assustadores como esse, mas que o cuidado pode ser decisivo e prevenir uma tragédia. 

João Batista de Souza, vice-reitor da UnB, afirma que a educação deve refletir sobre o que está acontecendo com a sociedade moderna. “Nós temos a responsabilidade ética de refletir sobre isso”, afirma. Ele lembra que em todas as sociedades esse tipo de episódio ocorre. “Nós não ficaremos livre disso. É algo que estamos sujeitos e que já aconteceu em todo o mundo”, conclui.  

Gilca Starling, decana de Gestão de Pessoas, acredita que a sociedade atual não sabe lidar com as frustrações. A pediatra convive com crianças e pais e percebe que eles não ensinam os jovens a saber perder. “Vivemos em um mundo em que tudo é possível. Se você não alcançar alguma coisa é certamente pior que os outros”, argumenta.

Márcia Abrahão, decana de Graduação, acredita que o episódio aponta para alguma falha na educação brasileira. “Precisamos reforçar a educação. Não encontro respostas para o que ocorreu. Não tenho o que falar. Sou carioca, mãe, tenho dois filhos, e estou simplesmente chocada com tudo”, afirma. “Com certeza a educação brasileira está em luto”, completa.

Eduardo Raupp, decano de Assuntos Comunitários, lembra que a sociedade deve ficar atenta ao que aconteceu e que o fato não deve ser tratado como algo pontual. "Não devemos olhar para este rapaz como alguém deslocado da nossa sociedade. Ele é fruto, tem uma história e faz parte da dela".

UnB Agência